Condutas clínicas de cárie profunda e de exposição pulpar: conhecimento dos acadêmicos de odontologia da Universidade Federal do Pará

Lesões de cárie profundas são tratadas, predominante, de forma radical, mesmo com o advento do Tratamento Minimamente Invasivo. Objetivo: Verificar o conhecimento de acadêmicos do último período da graduação da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal do Pará sobre condutas clínicas preconizadas por evidências científicas atuais acerca do tratamento de cáries profundas e exposições pulpares. Material e método: Utilizou-se um questionário validado contendo doze perguntas, contextualizadas sobre um caso clinico cujo paciente possuía uma lesão de cárie profunda. Os discentes responderam quais condutas de tratamento adotariam tanto para o tratamento de cárie profunda quanto para intervenção de exposição pulpar acidental, em diferentes situações clínicas: dente assintomático; pulpite reversível; e pulpite irreversível. Resultados: No cenário assintomático, 48,6% optaram por remoção seletiva e 29,7% por remoção total do tecido cariado. No cenário pulpite reversível, 59,5% optaram por remoção seletiva e 21,6% por remoção gradual. Quando houve exposição 17 pulpar para ambos os cenários, a escolha foi pela Terapia da Polpa Vital. No entanto, no cenário pulpite irreversível a escolha, com mais de 70%, foi pela pulpectomia. Conclusão: O conhecimento dos acadêmicos é por condutas de Terapia da Polpa Vital, mas não adotam a prevenção da pulpectomia, necessitando atualização sobre Odontologia Minimamente Invasiva e Odontologia Baseada em Evidências.