O papel das palestras educativas sobre a necessidade do uso de equipamentos de segurança em alunos do ensino médio e sua influência na prevenção de sequelas neurológicas decorrentes de traumatismos do sistema nervoso

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01-05-2019

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SOARES, Ana Laura Pinto; SOARES, Laurivaldo Pinto. O papel das palestras educativas sobre a necessidade do uso de equipamentos de segurança em alunos do ensino médio e sua influência na prevenção de sequelas neurológicas decorrentes de traumatismos do sistema nervoso. Orientador: Edmundo Luís Rodrigues Pereira. 2019. 59 f. Trabalho de Curso (Bacharelado em Medicina) – Faculdade de Medicina, Instituto de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Pará, Belém, 2019. Disponível em: https://bdm.ufpa.br:8443/jspui/handle/prefix/6073. Acesso em: .
O traumatismo crânio encefálico (TCE) é um evento agudo relacionado a acidentes que acomete a caixa craniana e seu conteúdo. Trata-se de uma das causas mais frequentes de morbidade e mortalidade dentre os adultos jovens, constituindo um grave problema de saúde pública e previdenciária, posto que as lesões resultantes do mesmo geralmente comprometem funções cognitivas, sensoriais e motoras, com severo prejuízo para o desempenho das tarefas cotidianas e profundo compromisso na qualidade de vida dos indivíduos afetados e de seus parentes. No Brasil a ocorrência do TCE é estimada em aproximadamente meio milhão de vítimas todos os anos, das quais a maioria requer algum tipo de atendimento hospitalar. Dentre os fatores que podem melhorar esses números, incluem-se as medidas de prevenção, dentre as quais se destaca a educação preventiva dos grupos mais expostos da população, a grande maioria adultos jovens. Especialistas no assunto indicam que a uma medida bastante eficaz inclui educar preventivamente indivíduos mais jovens por meio de palestras educativas realizadas periodicamente nas escolas, com o objetivo de alertar sobre os riscos a que podem estar expostos e ao mesmo tempo conscientizar sobre a necessidade de adotarem atitudes proativas, como por exemplo, o uso de equipamentos de segurança em situações de vulnerabilidade. Atualmente existem inúmeros projetos que por meio de atividades diversificadas auxiliam educadores e autoridades competentes a implementar medidas capazes de reduzir a incidência de lesões traumáticas do sistema nervoso em adultos jovens, dentre as quais a metodologia aqui apresentada. OBJETIVO: Analisar, por meio de formulário próprio desenvolvido para esse fim, o grau de conhecimento e a consciência sobre a exposição aos riscos de acidentes e incidentes e a necessidade do uso de equipamentos de segurança entre os estudantes do ensino médio da rede educativa pública na cidade de Belém, e demais métodos preventivos capazes de reduzir acidentes automobilísticos potencialmente lesivos ao sistema nervoso, antes e após a intervenção por meio de palestras educativas. CASUÍSTICA E METÓDOS: Estudo de campo, transversal utilizando questionário de múltipla escolha e questionamentos discursivos aplicados antes e após palestra expositiva acerca da importância do uso de equipamentos de segurança utilizados nos veículos automotivos, realizado em salas de aula de 04 Escolas Públicas, com 350 alunos devidamente matriculados do Ensino Médio no Município de Belém. RESULTADOS: Dos 350 estudantes participantes, 18% possuem Carteira Nacional de Habilitação, dos quais 22,2% na categoria A, 11,1% na categoria B e 66,6% categoria AB. 2% já se envolveram em algum acidente de trânsito, dos quais 1,2% são do sexo masculino e 0,8% do sexo feminino. 50,3% alunos conhecem alguém que já foi vítima de acidente de trânsito, dos quais 22,9% se recuperaram completamente e 27,4% ficaram com alguma sequela. Destes, 20% acreditam não ser fundamental o uso de cinto de segurança em ônibus intermunicipais, e 11,7% afirmaram não haver necessidade para o uso do cinto de segurança por passageiros que ocupam bancos traseiros dos carros, enquanto que 26,6% das pessoas consideram desnecessário o uso de capacetes durante a direção de motocicletas. Do total, 96% afirmaram que a ação educativa efetivada pela equipe do projeto melhora os hábitos de comportamento no trânsito e 4% que talvez cause mudança. Ademais, questionou-se a respeito do entendimento do assunto abordado e dinâmica usada, 97,2% classificaram como boa ou excelente e 2,8% como regular. CONCLUSÕES: A análise dos dados colhidos na investigação infere que uma significativa porcentagem da população jovem de maior risco para acidentes potencialmente lesivos ao SN não possui a consciência acerca da necessidade da utilização dos equipamentos de segurança, como capacetes e cintos de segurança, primariamente porque desconhecem a importância desses instrumentos de proteção e seu papel na prevenção das injúrias potencialmente mórbidas ligadas ao TCE. O presente trabalho enfatiza a necessidade de incluir a metodologia aqui empregada como instrumento de intervenção preventiva de acidentes potencialmente lesivos ao SN, através da educação e conscientização da população de maior risco.

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