Mielites infecciosas: características clínico-epidemiológicas de série de casos em Belém – Pará, no período de janeiro de 1998 a julho de 2010

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01-01-2011

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LISBOA NETO, Carlos dos Reis; SOUZA, Wellisom Moraes de. Mielites infecciosas: características clínico-epidemiológicas de série de casos em Belém – Pará, no período de janeiro de 1998 a julho de 2010. Orientadora: Rita Catarina Medeiros Sousa; Coorientador: Hideraldo Luis Souza Cabeça. 2011. 54 f. Trabalho de Curso (Bacharelado em Medicina)-Faculdade de Medicina, Instituto de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Pará, Belém, 2011. Disponível em: https://bdm.ufpa.br:8443/jspui/handle/prefix/5224. Acesso em:.
Foi realizado estudo retrospectivo com o objetivo de descrever o perfil clínico-epidemiológico de pacientes com suspeita de mielite infecciosa atendidos no Hospital Universitário João de Barros Barreto e Hospital Ofir Loyola, no período de janeiro de 1998 a julho de 2010. Foram encontrados treze pacientes com idade variando de sete a 53 anos, sete do sexo masculino e seis do sexo feminino, a maioria procedente do interior do estado. Dez evoluíram de forma aguda (76,9%) e três insidiosa (23%). Todos tinham história de febre, 77% dorsalgia e 23% adenomegalia. Quanto ao deficit motor, sete (53,8%) apresentaram paraplegia, cinco (38,4%) paraparesia e um (7,6%) tetraparesia. Alterações sensitivas foram descritas em todos os pacientes e esfincteriana em 12 (92,3%). Seis (46,1%) tinham ressonância magnética de coluna com hiperintensidade em T2 e dois sinal intermediário em T1. Três (23%) apresentaram exame de LCR com padrão inflamatório. Sorologias foram realizadas em nove pacientes (69,2%), com positividade em quatro (30,7%) para agentes como HIV, HTLV, citomegalovírus e Toxoplasma gondii. Outros dois casos (15,3%) estavam em vigência de dengue e varicela. Tratamento específico foi instituído em seis casos e o tempo de internação variou de 10 a 106 dias (média de 38,9 dias), com 12 altas hospitalares por conduta médica e um óbito. Durante a internação não houve nenhuma recuperação neurológica completa, havendo melhora parcial em cinco pacientes (38,4%). O diagnóstico definitivo foi prejudicado pela ausência de serviço próprio de ressonância magnética e pela não realização ou solicitação insuficiente de exames para a investigação etiológica nos hospitais estudados.

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