Avaliação epidemiológica, clínica e endoscópica de obesos com ênfase ao refluxo gastroesofágico

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01-01-2007

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BRITO, Ivanilson Raniéri; BELUSSO, Luana; CRUZ, Thielle Cavalcante da. Avaliação epidemiológica, clínica e endoscópica de obesos com ênfase ao refluxo gastroesofágico. Orientador: Marcus Vinicius Henriques Brito. 2007. 117 f. Trabalho de Curso (Bacharelado em Medicina) - Faculdade de Medicina, Instituto de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Pará, Belém, 2007. Disponível em: https://bdm.ufpa.br:8443/jspui/handle/prefix/4946. Acesso em:.
Introdução: a obesidade é uma doença crônica, considerada um problema de saúde pública mundial por predispor ao desenvolvimento de inúmeras comorbidades. Dentre elas, a doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) assume grande importância, com uma maior prevalência na população obesa do que na não-obesa, afetando a qualidade de vida dos doentes. Objetivos: analisar aspectos epidemiológicos, clínicos e endoscópicos de pacientes obesos no pré-operatório de cirurgia bariátrica, com ênfase ao refluxo gastroesofágico. Casuística e métodos: foi realizado um estudo prospectivo, longitudinal, observacional, de coorte, comparativo e com grupo controle presente. A pesquisa foi realizada em um hospital particular, em um shopping e ruas de Belém, no período de 01 de junho de 2006 a 31 de julho de 2007. O tamanho da amostra foi de 170 indivíduos, os quais foram distribuídos em dois grupos de 85 pessoas cada: grupo obesidade (constituído por pacientes obesos com indicação cirúrgica de cirurgia bariátrica) e grupo controle (composto por indivíduos não obesos escolhidos ao acaso). Para a coleta dos dados, os autores realizaram entrevista clínica e revisão de laudo da endoscopia digestiva alta (EDA) dos participantes de ambos os grupos, seguindo um protocolo de pesquisa. Foi utilizada a análise estatística comparativa pelo programa BioEstat 4.0. Resultados e conclusão: em indivíduos obesos, a DRGE foi mais prevalente no sexo feminino – 20% (17/71), na faixa etária abaixo dos 55 anos – 22,35% (19/78), na cor parda – 14,12% (13/52), em não-solteiros – 22,36% (19/54), com ensino médio e/ou fundamental – 23,52% (20/66) e com renda mensal abaixo de cinco salários mínimos – 17,65% (15/53). Na associação de DRGE com faixa etária e estado civil, houve significância estatística (p<0,0105 e p=0,0026, respectivamente), e com renda mensal, houve uma tendência à significância (p=0,0603). Houve uma maior prevalência de sintomas típicos, ou seja, pirose – 60% (51/85) e regurgitação – 60% (51/85), e atípicos da DRGE em indivíduos obesos, com diferença estatisticamente significante (p=0,0007 e p<0,0013, respectivamente). Não houve diferença entre os grupos quanto aos resultados dos exames de EDA, sendo que este foi normal em 61,18% (52/85) dos indivíduos obesos e em 75,29% (64/85) dos não-obesos (p=0,0745). Foi observado, ainda, que a EDA foi capaz de diagnosticar esofagite em cerca de um terço dos indivíduos que apresentaram DRGE clínica, em ambos os grupos. No grupo obesidade, houve uma maior prevalência de DRGE clínica e/ou endoscópica – 24,71% (21/85), se comparado ao grupo controle – 15,29% (13/85), porém, sem significância estatística (p=0,1315).

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