Perfil epidemiológico do traumatismo crânio-encefálico em crianças com até 12 anos de idade atendidas no Hospital do Pronto Socorro Municipal de Belém Mário Pinotti no período de Janeiro de 2005 a Agosto de 2005

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01-01-2006

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GONÇALVES NETO, Daniel Gomes; ANDRADE, Marcus Rogério Lôla de. Perfil epidemiológico do traumatismo crânio-encefálico em crianças com até 12 anos de idade atendidas no Hospital do Pronto Socorro Municipal de Belém Mário Pinotti no período de Janeiro de 2005 a Agosto de 2005. Orientador: Juvenal Sousa Rogério. 2006. 89 f. Trabalho de Curso (Bacharelado em Medicina) - Faculdade de Medicina, Instituto de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Pará, Belém, 2006. Disponível em: https://bdm.ufpa.br:8443/jspui/handle/prefix/4624. Acesso em:.
Os traumatismos crânio encefálicos (TCE) apresentam elevada ocorrência e morbi mortalidade em nosso meio. É notória também a elevada incidência deste evento entre a faixa etária pediátrica, que pode variar desde acidentes leves, com mínimas conseqüências ao paciente, até casos mais graves, ocasionando seqüelas ou até mesmo ter conseqüência fatal. Dado a importância do TCE, vários estudos têm sido feitos, a fim de elucidar seus aspectos epidemiológicos, para que se possam traçar estratégias visando reduzir sua ocorrência e morbi-mortalidade. Entretanto, poucos são os estudos que enfocam exclusivamente a faixa etária pediátrica, e destes, encontramos várias dificuldades de análise, devido à inexistência de uma padronização dos dados obtidos. Tal fato motivou a realização deste trabalho descritivo, prospectivo, a partir de uma amostragem com crianças de até 12 anos de idade, que sofreram TCE e foram atendidas no Hospital de Pronto Socorro Municipal (HPSM) de Belém – Mário Pinotti, no período de Janeiro a Agosto de 2005, com a finalidade de se analisar os diversos aspectos epidemiológicos envolvidos neste evento, para que, o conhecendo melhor, se possam buscar meios para reduzir sua ocorrência e conseqüências. Utilizando os dados colhidos relacionados ao traumatismo crânio-encefálico e excluindo os casos decorrentes do parto, dos 183 casos, 57,37% foram do sexo masculino e em relação à faixa etária 68,76% tinham de 0 a 4 anos, sendo que 11,38% eram menores de 1 ano. Foi observado também que as crianças com menos de 10 anos alcançaram percentuais elevados (94,53%). As quedas foram as principais causas de TCE acidental (41%), sendo que as quedas de escada figuraram o maior percentual entre todas as outras causas (28,96%), e em 64,16% dos casos estas escadas não possuíam corrimão. Se considerado o TCE sofrido fora de casa, observou-se que as quedas constituíram o mais importante grupo de acidentes. Quando os responsáveis foram questionados quanto à ocorrência de TCE anterior, do total de 183 casos, 62,8% relataram no momento do atendimento que era a primeira vez. Em relação ao tempo decorrido desde o momento do trauma até o atendimento inicial, este foi menor que 30 minutos na maior parte dos casos, correspondendo a 24,6%. A idade do responsável no momento do TCE de maior prevalência foi de 21 a 25 anos (32,2%). Em relação ao sexo do responsável, 87,4% eram do sexo feminino. Sendo que as mães eram as responsáveis nesse momento em 56,3%. Estes dados permitem conhecer os diferentes tipos de acidentes e suas causas precipitantes permitindo indicar importantes sinalizadores para programas de prevenção dessas lesões.

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