Poder e memória em infância de Graciliano Ramos

Esta pesquisa busca identificar as marcas do exercício da passagem de poder dentro do Romance Infância de Graciliano Ramos, a partir dos estudos Foucaultianos sobre a docilização dos corpos instados pelos processos de punição. As relações da escrita memorialística e de como esse mecanismo de memória permanece e é contada pelo autobiógrafo. Os conectores de compreensões, a eleição e a preservação dos fatos a serem contados; destacando-se a passagem do poder na instituição denominada família e, sobretudo, nas relações sociais. A infância de um menino solitário e confusão em meio a uma família tradicionalíssima e patriarcal e o nascimento do grande escritor. Que traz nas tintas da sua escrita as cores do universo onde nasceu e cresceu docilizado pelas punições e sansões a que era submetido. De uma infância duríssima, no seio de uma numerosa família, as marcas do poder sob a ótica da normatização.