Conhecimento de gestantes quanto ao parto humanizado: intervenção educativa

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01-01-2018

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SOARES, Milene Neves; GOMES, Tais Pereira da Costa. Conhecimento de gestantes quanto ao parto humanizado: intervenção educativa. Orientadora: Elisângela da Silva Ferreira. 2018. 67 f. Trabalho de Curso (Bacharelado em Enfermagem) - Faculdade de Enfermagem, Instituto de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Pará, Belém, 2018. Disponível em: http://bdm.ufpa.br/jspui/handle/prefix/1619. Acesso em:.
No Brasil, atualmente, o modelo de assistência obstétrica é caracterizado por excesso de intervenção do parto, o que tem contribuído para o aumento de taxas de cesáreas e a morbimortalidade materna e perinatal. Diante disso, há cerca de 25 anos inicia-se um movimento internacional para a melhoria da qualidade na interação entre parturiente e seus cuidadores, além de preocupar-se em suprimir a tecnologia lesiva. O movimento possui diversas denominações em muitos países, no Brasil é chamado de humanização do parto. Em 2016 o Ministério da Saúde desenvolveu a Diretriz Nacional de Assistência ao Parto Normal que avalia e atualiza sistematicamente a informação científica já disponível com o intuito de promover, proteger e incentivar o parto vaginal. Em relação a educação em saúde neste processo, em todas as etapas do ciclo gravídico-puerperal é de extrema importância, logo, é no pré-natal que a mulher deve ser melhor orientada para que possa vivenciar o parto de forma benéfica, confiante, ter menos riscos de complicações no puerpério e mais sucesso na amamentação. Este trabalho descreve o conhecimento das gestantes sobre o parto humanizado e as boas práticas obstétricas, de acordo com a definição descrita pelo Ministério da Saúde para as gestantes atendidas no pré-natal da UMS de Icoaraci-PA. Trata-se de um estudo do tipo pesquisa-ação, com abordagem quantitativa de caráter descritivo no qual participaram 94 gestantes que responderam a um questionário semiestruturado com perguntas fechadas. Após a coleta de dados foi realizada ação educativa sobre as boas práticas obstétricas. Os resultados demonstraram maior conhecimento das participantes acerca dos direitos da gestante, intervenções e procedimentos no pré-parto, parto e pós-parto. Quanto às respostas sobre o conceito de parto humanizado de acordo com o Ministério da Saúde, constatou-se que nenhuma gestante pôde proporcionar uma resposta completa em conformidade com a concepção fornecida. Entretanto, percebemos que mesmo não sabendo conceituar parto humanizado, elas em sua maioria, sabem e reconhecem as práticas que são benéficas a elas e a seus bebês. No que tange as condutas consideradas inadequadas, constatamos que boa parte das práticas prejudiciais ou utilizadas erroneamente de forma rotineira por parte dos profissionais foram percebidas de forma negativa, a exemplo medidas para acelerar o trabalho de parto, como amniotomia, manobra de Kristeller, ocitocina e episiotomia. No entanto, nos chama a atenção a alta porcentagem dessas repostas que ainda são julgadas adequadas mesmo sendo seus usos considerados inadequados ou restritos pelo Ministérios da Saúde, isso aconteceu em alguns casos, como na realização de episiotomia, lavagem intestinal e Kristeller. Demonstrando que muito precisa ser feito para ocorrer mudança de paradigmas, a fim de obtermos partos verdadeiramente humanizados.

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