Fatores de risco e consequências de quedas domiciliares entre idosos em um bairro de Belém

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Data

01-01-2006

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OLIVEIRA, Daiane Rodrigues de; GRUPPI, Fábia Freire; RODRIGUES, Renata Gonçalves. Fatores de risco e consequências de quedas domiciliares entre idosos em um bairro de Belém. Orientadora: Carla Mércia Souza Dacier Lobato. 2006. 54 f. Trabalho de Curso (Bacharelado em Medicina) - Faculdade de Medicina, Instituto de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Pará, Belém, 2006. Disponível em:https://bdm.ufpa.br:8443/jspui/handle/prefix/4665. Acesso em:.
O objetivo deste estudo foi descrever a ocorrência dos fatores ambientais e os inerentes ao envelhecimento de risco para quedas em idosos, além do uso de medicamentos e das patologias específicas que contribuem para este evento, e suas conseqüências. O presente estudo apresenta caráter descritivo, observacional, tipo transversal. Os dados foram coletados a partir da aplicação de questionário a um grupo de 100 idosos, residentes no bairro do Umarizal (Belém-PA), com história de uma ou mais quedas domiciliares no período de janeiro de 2004 a janeiro de 2006. Tais idosos deveriam apresentar 60 anos ou mais no momento da queda, tendo sido enquadrados em três grupos etários: 60 a 69 anos, 70 a 79 anos e 80 anos ou mais. A amostra estudada foi composta de 63% de idosos do sexo feminino e o evento queda mostrou-se mais freqüente na faixa etária de 60 a 69 anos. A redução da visão foi a alteração inerente ao envelhecimento mais encontrada, presente em 82% desta população, seguida de alteração da memória (54%) e de fraqueza muscular (50%). As patologias específicas mais observadas foram as relacionadas ao aparelho cardiovascular e ao neurológico, correspondendo a 42% e 25,7% das patologias pesquisadas. Os medicamentos mais utilizados pelos idosos entrevistados foram os anti-hipertensivos, representando 35,5% destes. No sexo masculino, verificou-se que 27% dos idosos faziam uso de polifarmácia, enquanto que a ausência do uso de medicamentos não foi observada entre estes. No sexo feminino, o uso de cinco ou mais medicamentos foi encontrado em 16% das participantes e 9,5% destas não faziam uso de qualquer medicamento. O fator de risco domiciliar para quedas entre os idosos mais freqüente foi a ausência de corrimãos em corredores e banheiros, correspondendo a 24,3% do total dos fatores ambientais investigados. Verificou-se ainda a presença de superfícies escorregadias e a má iluminação nestes domicílios, representando 16% e 10,7% deste grupo de fatores, respectivamente. As conseqüências pós-queda ocorreram em 57,1% dos indivíduos do sexo masculino e em 51,3% dos do sexo feminino. Destas, o declínio das atividades de vida diária foram as mais observadas seguidas pelas e fraturas e hospitalizações, correspondendo respectivamente a 34,2%, 27,8% e 20,2%. Verifica-se, portanto, a importância que deve ser atribuída à prevenção das quedas através de uma abordagem multidisciplinar de atenção ao idoso, focada no controle e modificação dos fatores de risco intrínsecos e ambientais potencialmente evitáveis.

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