A Educação em direitos humanos como eixo do planejamento curricular na educação básica: uma experiência no PIBID Pedagogia da UFPA

Carregando...
Imagem de Miniatura

Data

29-01-2021

Título(s) alternativo(s)

Tipo de acesso

Acesso Abertoaccess-logo

Citar como

PANTOJA, Suellen Beatriz Barroso. A Educação em direitos humanos como eixo do planejamento curricular na educação básica: uma experiência no PIBID Pedagogia da UFPA. Orientadora: Maria Gorete Rodrigues Cardoso. 2021. 36 f. Trabalho de Curso (Licenciatura em Pedagogia) – Faculdade de Educação. Campus Universitário de Bragança, Universidade Federal do Pará, Bragança-PA, 2021. Disponível em: https://bdm.ufpa.br:8443/jspui/handle/prefix/3851. Acesso em: .
Este artigo é fruto das vivências da autora no estágio de iniciação à docência realizado no Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID), no subprojeto Práticas interdisciplinares de alfabetização e letramento no ensino fundamental, do curso de Pedagogia do campus de Bragança da Universidade Federal do Pará. O objeto de estudo da pesquisa focalizou a Educação em Direitos Humanos no planejamento curricular da escola-campo do PIBID, localizada no município de Bragança-Pa. Como objetivo geral, procurou-se compreender o lugar da EDH no planejamento escolar e na prática pedagógica de professores de anos iniciais do Ensino Fundamental. Os questionamentos que motivaram a pesquisa foram: Como e quando emerge o debate sobre a EDH na escola Júlia Quadros Peinado? Quais as principais iniciativas da escola para inserir os direitos humanos como tema curricular? Que espaço efetivo tiveram os temas referentes aos direitos humanos no planejamento e na prática curricular dos docentes? Quais os principais desafios e entraves para o desenvolvimento da EDH na escola? A pesquisa seguiu uma abordagem qualitativa, sendo desenvolvida por meio da análise documental, em que se focalizou os documentos escolares referentes ao planejamento curricular do ano de 2019. Também, fez-se uso da observação participante e dos diálogos travados com os agentes escolares (gestores, coordenação pedagógica e docentes) em diversos momentos do estágio. Como resultados, averiguou-se que, embora tenha ocorrido um grande esforço por parte dos agentes escolares para incluir algumas temáticas relativas aos direitos humanos no planejamento curricular, no momento em que se faz a seleção dos conteúdos a serem trabalhados no decorrer do ano, os temas pouco refletiram essa preocupação, acabando por tornarem-se evasivos e distanciados das questões-problema vivenciadas pela comunidade escolar. Do ponto de vista pedagógico, o que ainda foi possível observar nas práticas cotidianas de sala de aula é que boa parte dos professores continuaram utilizando estratégias metodológicas próprias de um ensino transmissivo e as ações mantiveram-se muito mais voltadas para informações genéricas e que pouco espaço foi dedicado a escuta, ao diálogo, à pesquisa e aos estudos de situações contextualizadas. Por fim, verificou-se que há muitas resistências por parte de todos na escola em tratar de temas de EDH, pois isso envolve valores morais, crenças, costumes que precisam ser desafiados. A EDH é sempre uma disputa que divide opiniões, no entanto, essas questões perpassam o cotidiano de muitos alunos e de suas famílias.

Fonte

Fonte URI