Infância sobrecarregada: excesso de estudos e atividades extracurriculares na vida da criança

Nesta investigação bibliográfica de abordagem qualitativa, tratamos sobre a sobrecarga de estudos e atividades extracurriculares na infância. Induzidas e conduzidas pela lógica capitalista de educação, famílias e escolas, acabam impondo uma rotina intensa de atividades na vida das crianças, a qual visa antecipar os aprendizados das mesmas, prepara-las desde cedo para as exigências do mercado e da vida em sociedade, a fim de que obtenham desempenho de excelência ao longo da formação, e consequentemente alcancem um futuro promissor. Neste sentido, apresentamos a problemática deste trabalho em forma de pergunta: que consequências a carga excessiva de estudos e atividades extracurriculares tem gerado para as crianças? O referencial teórico desta pesquisa foi constituído por Ariès (2017); Postman (2012); Kramer (2000); Rousseau (2004); Menezes (2016), autores estes que fazem diálogos acerca da infância. Sampaio, Santos e Mesquida (2002); Cardozo et al. (2017), os quais abordam a educação na lógica neoliberal. Elkind (2004) e Santana (2017) que discutem as pressões sociais as quais crianças estão expostas na contemporaneidade. Como objetivo geral, a intenção deste estudo foi a de investigar as consequências da sobrecarga de atividades para a vida da criança. Os resultados apontam que a carga excessiva de tarefas escolares e extraescolares pode proporcionar a negação do direito da criança de viver plenamente a sua infância, comprometendo o tempo livre e o brincar, acarretando manifestações psicoemocionais as quais podem interferir no desenvolvimento e aprendizagem da criança.