Transtornos alimentares: estudos de casos na Terapia Ocupacional em saúde mental

Carregando...
Imagem de Miniatura

Data

01-01-2017

Título(s) alternativo(s)

Tipo de acesso

Acesso Abertoaccess-logo

Citar como

REIS, Brenda Caroline Cardoso; ROCHA, Renata Grazielle Mendes Gonçalves da. Transtornos alimentares: estudos de casos na Terapia Ocupacional em saúde mental. Orientadora: Laiana Soeiro Ferreira; Coorientadora: Manuela Lima Carvalho da Rocha. 2017. 66 f. Trabalho de Curso (Bacharelado em Fisioterapia e Terapia Ocupacional)- Faculdade de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, Instituto de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Pará, Belém, 2017. Disponível em: https://bdm.ufpa.br:8443/jspui/handle/prefix/5678. Acesso em:.
Transtornos alimentares, dentre estes anorexia, bulimia e transtorno de pica, são caracterizados por uma perturbação na alimentação e/ou no comportamento relacionado à mesma, que resulta na alteração do consumo de alimentos, comprometendo a saúde física ou o funcionamento psicossocial. Sendo assim, pessoas com transtorno mental, dentre estas, pessoas com transtorno alimentar podem ter seu engajamento nas ocupações afetado e consequentemente, passam a enfrentar preconceitos e falta de oportunidades, inibindo ainda mais a sua participação em ocupações. Nessa perspectiva, o terapeuta ocupacional como um dos profissionais que atua na saúde mental, visa a autonomia e reinserção desse usuário na família e na comunidade, podendo contribuir de forma significativa no tratamento de pessoas com transtorno alimentar. Com base nesses aspectos, esta pesquisa objetiva compreender aspectos da saúde mental de pessoas com transtorno alimentar sob a ótica terapêutica ocupacional. Trata­se de dois estudos de casos de caráter quantitativo e qualitativo descritivo. Os sujeitos da pesquisa foram duas pessoas, com os codinomes Rosa e Margarida, com diagnóstico ou impressões diagnósticas de Transtorno Alimentar; adultos jovens na faixa etária entre 22 e 26 anos de idade; do sexo feminino; que aceitaram participar da pesquisa, assinando o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido – TCLE. Os instrumentos de pesquisa aplicados foram: Ficha de Avaliação do Estado Mental, Questionário EAT­26 (apenas com Rosa) e Plano de Intervenção Terapêutico Ocupacional, de forma individual, aplicados na Faculdade de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (FFTO), da Universidade Federal do Pará (UFPA). Pôde­se notar, que as entrevistadas apresentam comprometimentos nos aspectos: juízo crítico e conduta, pois, para ambas, a busca por tratamento é irrelevante, e os possíveis tratamentos para transtornos alimentares não são eficazes. Além disso, acreditam que as consequências dos TA não são agravantes. Quando questionadas a respeito de comunicar aos familiares e amigos sobre o TA, as entrevistadas afirmaram a omissão, sendo explicado no caso Rosa, por medo de repressões das pessoas mais próximas e no caso Margarida, por ser um assunto desnecessário a ser discutido ou comunicado. Nos dois casos de transtornos alimentares, notou­se que a insatisfação com a imagem corporal está associada a faixa etária, e, consequentemente aos riscos de desenvolvimento dos TA. As pesquisadoras conseguiram alcançar os objetivos e compreenderam os aspectos da saúde mental de pessoas com transtornos alimentares sob a ótica terapêutica ocupacional. Além disso, identificaram os aspectos prejudicados e elaboraram um Plano de Intervenção Terapêutico Ocupacional para minimizar as alterações em tais aspectos. Conclui­se que as intervenções terapêuticas ocupacionais em transtornos alimentares, especialmente os referentes a este estudo (anorexia, bulimia e transtorno de pica), podem proporcionar a conscientização sobre os comprometimentos causados pelos transtornos e trabalhar, principalmente, aspectos como o juízo crítico, a conduta e a imagem corporal, visando melhora na qualidade de vida.

Fonte

Fonte URI

Disponível na internet via correio eletrônico: bibsaude@ufpa.br