Influência dos fatores socioeconômicos e culturais na atividade do lúpus eritematoso sistêmico: estudo comparativo de pacientes do serviço público e do serviço privado - Período outubro/07 a dezembro/07

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01-01-2008

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LESSA, Ana Paula da Silva. Influência dos fatores socioeconômicos e culturais na atividade do lúpus eritematoso sistêmico: estudo comparativo de pacientes do serviço público e do serviço privado - Período outubro/07 a dezembro/07. Orientadora: Rosana de Britto Pereira Cruz. 2008. 71 f. Trabalho de Curso (Bacharelado em Medicina) - Faculdade de Medicina, Instituto de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Pará, Belém, 2008. Disponível em: https://bdm.ufpa.br:8443/jspui/handle/prefix/4977. Acesso em:.
Lúpus eritematoso sistêmico (LES) é uma doença inflamatória do tecido conjuntivo, que acomete múltiplos órgãos, permanecendo com etiologia desconhecida. Sabe-se que as discrepâncias no curso da doença e as conseqüências na população de pacientes com LES mostram-se multifatoriais. É reconhecido que os fatores emocionais influenciam na etiopatogenia da doença, no entanto, não podemos confirmar o quanto estes fatores geradores de estabilidade ou instabilidade emocional são responsáveis pela indução de atividade no LES, em especial no Brasil, onde as diversidades sociais são marcantes. Foram selecionados 73 pacientes, sendo 13 excluídos por não aceitarem participar do estudo, 30 eram acompanhados no ambulatório de reumatologia da Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará, e 30 eram acompanhados em consultório particular especialista em reumatologia. Para todos os pacientes foi utilizado um protocolo socioeconômico e em seguida aplicado o SLEDAI. Dos 30 pacientes provenientes serviço público, foram encontrados 1 com psicose, 21 com síndrome cerebral orgânica, 3 com distúrbios visuais, 16 com cefaléia, 14 com vasculite, 11 com artrite, 15 com miosite, 2 com cilindros urinários, 3 com hematúria, 5 com proteinúria, 9 com piúria, 17 com rash cutâneo, 10 com alopecia, 1 com pleurite, 13 com consumo de complementos, 13 com positividade do FAN, 2 com trompocitopenia e 1 com leucopenia. Dentre os 30 pacientes do serviço privado, 9 apresentaram síndrome cerebral orgânica, 1 distúrbios visuais, 7 cefaléia, 12 vasculite, 12 artrite, 7 miosite, 3 cilíndros urinários, 1 hematúria, 1 proteinúria, 16 rash cutâneo, 12 alopécia, 18 consumo de complemento, 30 com positividade do FAN e 2 com leucopenia. Constatou-se um predomínio de pacientes ameríndios, com uma maior atividade da doença, neste grupo étnico demonstrou-se grande diversidade da doença quando comparados fatores sociais e econômicos em pacientes lúpicos, através das variáveis grau de escolaridade, estado civil, proventos, imóvel próprio e atividade profissional gratificante, além de acesso a rede privada de saúde. Os pacientes do serviço público, sendo a maioria com condições socioeconômicas mais desfavoráveis, apresentaram maior atividade da doença através do SLEDAI. Por outro lado, os pacientes do serviço privado, com melhor suporte socioeconômico, manifestaram ausência ou menor atividade lúpica.

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