Fatores associados ao baixo peso ao nascer em um hospital referência na Amazônia.

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01-01-2011

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OHANA, Giselle Jones; FONSECA, Karla Lima Lopes. Fatores associados ao baixo peso ao nascer em um hospital referência na Amazônia. Orientadora: Aurimery Gomes Chermont. 2011. 61 f. Trabalho de Curso (Bacharelado em Medicina)-Faculdade de Medicina, Instituto de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Pará, Belém, 2011. Disponível em: https://bdm.ufpa.br:8443/jspui/handle/prefix/4856. Acesso em:.
Introdução: O baixo peso ao nascer é o principal fator associado ao risco de morte no período neonatal e sua importância para a saúde pública se deve pela freqüência com que ocorre, sendo que as maiores taxas, até 95,6%, são observadas nos países em desenvolvimento. No Brasil, representam 8,2% dos nascidos vivos e o Pará é o 8º Estado com o maior número de recém-nascidos com baixo peso. Estudos sugerem como principais fatores para baixo peso ao nascer em nosso país as doenças maternas pré-gestacionais, a pré eclâmpsia, as infecções geniturinárias, o baixo nível educacional da gestante, o desemprego, o hábito de fumar e o uso de drogas na gestação, a ausência de pré-natal e o parto prematuro anterior. Com isso, a busca por estes fatores de risco existe na tentativa de elaborar intervenções que possam diminuir e prevenir a ocorrência do baixo peso ao nascer. Objetivo: Identificar os fatores que, efetivamente, interferem no baixo peso ao nascer comparando recém-nascidos de baixo peso e de não baixo peso em um hospital referência na Amazônia. Método: Estudo caso-controle realizado com puérperas que tiveram seus partos assistidos em um hospital referência na Amazônia. A coleta de dados foi realizada de forma aleatória de outubro a dezembro de 2010 por meio da aplicação de questionário e foram avaliadas variáveis demográficas, socioeconômicas e obstétricas. Na análise univariada, obteve-se para todo o grupo e separadamente nas duas amostras de recém-nascidos estudadas, a distribuição de freqüências, medidas de dispersão e de tendência central das variáveis pesquisadas. Para uma investigação mais detalhada dos fatores de risco, foi empregada a análise bivariada por meio do cálculo das razões de chances (OR) com intervalo de confiança (IC) de 95%, sendo a significância estatística verificada pelos testes do qui-quadrado ( 2 ) e/ou exato de Fisher com um nível alfa de 0,05 (5%). Resultados: Mostraram-se estatisticamente associados ao baixo peso ao nascimento a idade gestacional de 22 a 36 semanas (OR=22,85; IC95%=11,7-44,6), idade materna maior ou igual a 35 anos (OR=2,68; IC95%=1,07-6,74), renda per capita entre meio e um salário mínimo (OR=2,08; IC95%=1,04-4,16), escolaridade materna até o Ensino Fundamental Completo (OR e IC indeterminados) e internação na gestação (OR=3,21; IC95%=2,05-5,04). Conclusão: Os resultados permitiram conhecer a realidade local e destacam a necessidade de políticas públicas regionais específicas no âmbito da promoção e da educação para a saúde.

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