Vulnerabilidade costeira e classificação da orla de praias de Marapanim, Nordeste Paraense

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09-07-2018

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NEGRÃO, Yago de Souza. Vulnerabilidade costeira e classificação da orla de praias de Marapanim, Nordeste Paraense. Orientadora: Leilanhe Almeida Ranieri. 2018. 63 f. Trabalho de Curso (Bacharelado em Oceanografia) - Faculdade de Oceanografia, Instituto de Geociências, Universidade Federal do Pará, Belém, 2018. Disponível em: http://bdm.ufpa.br/jspui/handle/prefix/886. Acesso em:.
A zona costeira é uma região de extremo dinamismo devido a atuação de diversas forçantes na linha de costa. Logo, ela está sujeita a constantes modificações decorrentes de processos de erosão e acreção costeira. Atrelado a isso, ela é extremamente valorizada para a ocupação humana, já que possui belas paisagens, porém essa forma de ocupação territorial muitas vezes acontece de forma desordenada, não levando em consideração as características da região. Localizado na região nordeste do Estado do Pará, o município de Marapanim é considerado um dos importantes polos turísticos, com suas belas praias que atraem centenas de turistas todos os anos, principalmente no trecho entre as praias de Crispim e de Santa Maria. No entanto, esse trecho vem apresentando problemas relacionados com o fenômeno da erosão costeira, o qual gera diversos danos e prejuízos para os moradores, além dos riscos que ele oferece para a população. Em conjunto a isso, boa parte das moradias que ocupam essa zona são de forma irregular e sem planejamento. Nesse sentido, o gerenciamento costeiro mostra-se uma importante ferramenta na melhoria do planejamento territorial. Assim, este trabalho tem como objetivo avaliar a vulnerabilidade costeira das praias de Crispim, Marudá e Santa Maria (Marapanim/PA) frente aos processos de erosão e, classificar suas orlas quanto à ocupação urbana. Para isso, foi realizada uma campanha de campo visando a aquisição dos dados necessários ao preenchimento de tabelas referentes à vulnerabilidade costeira e classificação da orla. A metodologia aplicada, a qual consiste em sete etapas, foi proposta por Lins-de-Barros (2005) e modificada de acordo com as características da área de estudo. O passo 1 consistiu no estudo da vulnerabilidade física à erosão, o passo 2 no estudo dos indicadores urbanos, o passo 3 na avaliação do grau de risco, o passo 4 no Grau de danos, o passo 5 no estudo dos tipos de adaptações e da percepção humana, o passo 6 na definição de áreas especiais para planejamento e, o passo 7 nas propostas de medidas e ações para o planejamento e gerenciamento costeiro. Além disso, foram gerados mapas e gráficos nos software ArcGis 10, Surfer 10 e OriginLab9, referentes às variáveis analisadas. A vulnerabilidade física variou bastante ao logo do trecho Crispim-Santa Maria, sendo que nas regiões centrais da praia de Crispim e de Marudá ela foi classificada como muito elevada devido apresentarem construções danificadas ou destruídas, de não possuir mais as estruturas naturais de proteção da linha de costa decorrente da intensa descaracterização da paisagem. Em Santa Maria a vulnerabilidade foi baixa por estar localizada mais no interior do estuário viii e possuir uma urbanização pequena. O Grau de risco também variou bastante, sendo que as classificações mais elevadas se encontram nas mesmas regiões com urbanização mais desenvolvida, já que o risco está associado à presença de ocupação urbana na linha de costa. Em relação à tipologia de orla, o litoral apesentou trechos de orlas naturais A, orla em processo de urbanização B1 e B3, e orlas urbanizadas C3 e C4. O trecho Crispim-Santa Maria possui diversas peculiaridades e devido a isso, planos de gestão da zona costeira devem ser elaborados para atender cada região em particular, de forma a promover uma ocupação ordenada e segura para os moradores.

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