Infecção por SARS-CoV-2 e hemorragias intracranias: uma revisão sistemática com série de casos

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01-01-2022

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LIMA, William de Sousa; SOARES, Marcelo Henrique Pereira. Infecção por SARS-CoV-2 e hemorragias intracranias: uma revisão sistemática com série de casos. Orientador: Fernando Mendes Paschoal Júnior. 2022. 36 f. Trabalho de Curso (Bacharelado em Medicina) - Faculdade de Medicina, Instituto de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Pará, Belém, 2022. Disponível em: https://bdm.ufpa.br:8443/jspui/handle/prefix/6109. Acesso em:.
Introdução: A COVID-19 emergiu como uma emergência de saúde pública em todo o mundo, proporcionando lesão principalmente do trato respiratório. No entanto, várias evidências apontam para acometimento de sítios extrapulmonares, incluindo relatos de hemorragias intracranianas. Objetivo: Descrever 6 casos originais e revisar a literatura sobre hemorragias intracranianas em pacientes com diagnostico de COVID-19 por métodos moleculares. Métodos: A revisão sistemática da literatura foi feita de 19 de dezembro de 2021 a 7 de maio de 2022 nas bases de dados eletrônicas da MEDLINE, PubMed e NCBI para identificar os estudos elegíveis. Do total de 1624 artigos recuperados, apenas 53 artigos preencheram os critérios de inclusão. Resultados: A incidência geral de hemorragia intracraniana nos pacientes internados por COVID-19 foi de 0,26%. A média de idade foi de 60 anos sendo a maioria do sexo masculino (68%) com sintomas respiratórios iniciais (73%) e alguma comorbidade. Antes do diagnóstico de hemorragia, 43% estavam em uso de anticoagulantes, 47,3% destes em doses terapêuticas. O compartimento mais acometido foi o intraparenquimatoso (50%), seguido do subaracnóideo (34%), intraventricular (11%) e subdural (7%). Houve predomínio de topografias lobares sobre as não-lobares. Hemorragias multifocais ou multicompartimentais foram descritas em 25% dos casos. A mortalidade geral nos estudos de coorte foi de 44%, enquanto que houve alta hospitalar em cerca de 55% dos pacientes. Conclusão: Apesar da associação incomum, a combinação dessas doenças está relacionada com altas taxas de mortalidade e morbidade, bem como apresentações clínicas-radiológicas mais severas. Mais estudos são necessários para oferecer evidências robustas sobre a fisiopatologia exata por trás da ocorrência de hemorragias intracranianas após infecção por COVID-19.

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