Biomarcadores bioquímicos no poliqueta namalycastis abiuma como ferramentas para avaliação da qualidade de locais com distintos históricos de contaminação no estuário Guajarino, Belém (PA)

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Data

15-02-2013

Orientador(es)

AMADO, Lílian Lund

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DERGAN, Antônio Leonildo Nascimento. Biomarcadores bioquímicos no poliqueta namalycastis abiuma como ferramentas para avaliação da qualidade de locais com distintos históricos de contaminação no estuário Guajarino, Belém (PA). Orientadora: Lílian Lund Amado. 2013. 53 f. Trabalho de Curso (Bacharelado em Oceanografia) – Faculdade de Oceanografia, Instituto de Geociências, Universidade Federal do Pará, Belém, 2013. Disponível em: http://bdm.ufpa.br/jspui/handle/prefix/867. Acesso em:.
Os organismos do estuário Guajarino têm sofrido uma intensa pressão por causada proximidade com a cidade de Belém. Diariamente, uma grande quantidade de compostos antropogênicos são lançados neste ambiente. O objetivo deste trabalho foi avaliar a qualidade ambiental de sítios da baía de Guajará com distintos históricos de contaminação, do ponto de vista biológico, utilizando o poliqueta Namalycastisabiuma como organismo biomonitor. Os locais escolhidos para o estudo foram o Canal do Una e Terminal portuário de Miramar, pontos com considerável histórico de contaminação orgânica e por metais. Como ambiente referência a região escolhida foi a desembocadura do Rio Guamá, considerado umponto não poluído deste estuário. Os poliquetas foram coletados em todos os ambientes de estudo com o auxílio de uma draga de Petersen ao longo de um ano, em cada um dos períodos climáticos da região (período seco, seco-chuvoso, chuvoso, chuvoso-seco e seco). Foram analisadas as atividades das enzimas antioxidantes catalase (CAT) e glutationa S-transferase (GST) e a capacidade antioxidante total (TEAC) como biomarcadores de exposição e a lipoperoxidação (LPO) como biomarcador de efeito. Os poliquetas de todos os pontos amostrados tiveram um aumento da capacidade antioxidante total (TEAC) no período chuvoso, sugerindo uma resposta ao aumento da quantidade e/ou qualidade de matéria orgânicacarreada para o estuário e consumida como alimento.Houve uma diminuição da atividade de enzimas antioxidantes nos poliquetas de Una (CAT e GST) e Miramar (CAT) em relação ao Guamá no período chuvoso e chuvoso-seco, o que pode estar relacionado à exaustão das defesas antioxidantes em função daexposição prolongada a poluentes, que provavelmente são carreados pelas chuvas. O efeito de diminuição da atividade dessas enzimas foi observado no período chuvoso-seco, quando o danooxidativo(LPO) foi maior nos animais do Una e Miramar.Os organismosdo Guamámostraram maior capacidade de enfrentar insultos oxidativos, apresentando um aumento sazonal dos biomarcadores de exposição CAT, GST e TEAC influenciados pelos níveis de chuvas (período chuvoso e chuvoso-seco). Os organismos do ambiente referência apresentaram um aumento transiente da lipoperoxidação durante o período chuvoso, ocasionado provavelmente pelo aumento do metabolismo oxidativo durante este período de maior oferta alimentar, mas que retorna ao nível basal após esse período.Diante das dificuldades para caracterizar os efeitos danosos da poluição crescenteno estuário Guajarino, pode-se destacar que este estudo pioneiro contribui para os efeitos biológicos da contaminação, particularmente sobre o status oxidativo das populações de N. abiumaencontradas em pontos contaminados, bem como o papel das chuvas como a principal forçante que potencializa os efeitos da poluição.

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