A epistemologia da ciência segundo Thomas S. Kuhn

Na concepção kuhniana, a ciência se desenvolve por meio de episódios que testam diferentes modos ou qualidades de pesquisa. Esses episódios são cíclicos e alternados ao longo da história do desenvolvimento científico. De acordo com esse ponto de vista, a ciência não pode ser cumulativa ou linear; ao contrário, seu desenvolvimento é descontínuo e marcado por revoluções científicas. O conjunto de idéias apresentadas nas obras de Thomas Samuel Kuhn sobre o desenvolvimento do conhecimento científico contribuiu para uma melhor compreensão da ciência como construção histórica e social de uma comunidade científica. Kuhn propôs a noção de “revolução científica” para explicar como as novas teorias científicas surgem e substituem as antigas. Ele argumentou que o desenvolvimento do conhecimento científico não ocorre de forma linear, mas em saltos ou “revoluções”. Isso ocorre quando uma nova teoria científica (“paradigma”) é aceita pela comunidade científica, permitindo um salto significativo no conhecimento científico de uma área. Os paradigmas estabelecem padrões de raciocínio, métodos e princípios básicos para a realização da pesquisa científica. Nessa perspectiva, este trabalho investiga a concepção do desenvolvimento científico de Thomas Kuhn, que pode ser tirada de seu livro A Estrutura das Revoluções Científicas. Nesse aspecto, procura-se introduzir os conceitos pré-kuhnianos e tenta-se explicar termos usados por Kuhn em seu livro, como por exemplo interpretação histórica da ciência, paradigmas, ciência normal e extraordinária, e revoluções científicas e suas soluções, bem como suas implicações para a ciência moderna.