Utilização de reflexões múltiplas no imageamento sísmico: análise de metodologias

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Data

01-01-2011

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NUNES, Cristiano Ícaro Rego. Utilização de reflexões múltiplas no imageamento sísmico: análise de metodologias. Orientadora: Ellen de Nazaré Souza Gomes. 2011. 143 f. Trabalho de Curso (Bacharelado em Geofísica) - Faculdade de Geofísica, Instituto de Geociências, Universidade Federal do Pará, Belém, 2011. Disponível em: http://bdm.ufpa.br/jspui/handle/prefix/1830. Acesso em:.
O processamento sísmico convencional trata as reflexões múltiplas como ruído, eliminando-as do processo de imageamento. Entretanto, múltiplas são geradas por refletores em subsuperfície e, portanto, contêm informações estruturais sobre eles. Nesse sentido, vários trabalhos têm sido desenvolvidos para utilizar múltiplas como sinal. Este trabalho é um apanhado teórico sobre os principais trabalhos que utilizam múltiplas de superfície, aquelas relacionadas à interface ar-água em dados marinhos, no processo de imageamento. Apresentam-se três abordagens para a utilização de múltiplas: na primeira, onde as reflexões múltiplas são diretamente utilizadas no processo de imageamento, apresenta-se a migração Kirchhoff, a migração por correlação, a migração por perfis de tiro e a migração reversa no tempo com múltiplas; na segunda abordagem, as múltiplas são transformadas nas chamadas pseudoprimárias, que são posteriormente migradas no domínio do tiro e no domínio fonte-receptor; na terceira abordagem, reflexões múltiplas e primárias são utilizadas conjuntamente no imageamento. Os princípios teóricos, resultados obtidos, aspectos práticos, vantagens e desvantagens e outros aspectos de cada metodologia são discutidos. Importantes aplicações são mostradas, como uma iluminação mais ampla da subsuperfície e a recuperação de “gaps” de aquisição, relacionados a pequenos e grandes offsets ausentes. Algumas metodologias necessitam de prévia separação entre primárias e múltiplas, e geram imagens mais ruidosas em relação às imagens obtidas com as primárias. Entretanto, são mostradas soluções práticas que ajudam a resolver esses problemas. Como a migração de múltiplas implica em utilizar o próprio dado registrado como campo-fonte, a correlação pode não ser uma aproximação eficiente. Por isso, recomenda-se a utilização de deconvolução como condição de imagem, que propicia melhores balanceamento de amplitude, razão sinal-ruído e resolução vertical. Em geral, o “estado da arte” da utilização de múltiplas como sinal está em fase de consolidação, mas está provado que as múltiplas podem fornecer informações estruturais não fornecidas pelas primárias, ajudando a gerar imagens de alta qualidade da subsuperfície.

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