Estudo clínico e epidemiológico dos pacientes internados com hemorragia digestiva alta no Hospital Universitário João de Barros Barreto

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01-01-2011

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SILVA, Ariadne Fonseca Carvalho; ROCHA, Dimas dos Santos. Estudo clínico e epidemiológico dos pacientes internados com hemorragia digestiva alta no Hospital Universitário João de Barros Barreto. Orientador: William Mota de Siqueira; Coorientadora: Simone Regina Souza da Silva Conde. 2011. 54 f. Trabalho de Curso (Bacharelado em Medicina)-Faculdade de Medicina, Instituto de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Pará, Belém, 2011. Disponível em: https://bdm.ufpa.br:8443/jspui/handle/prefix/4858. Acesso em:.
A hemorragia digestiva alta constitui um dos problemas mais importantes em gastroenterologia e uma indicação comum para a admissão hospitalar, cujos principais sintomas são hematêmese, melena e/ou enterorragia. Objetivo: Realizar um estudo clínico e epidemiológico de pacientes internados com hemorragia digestiva alta no Hospital Universitário João de Barros Barreto. Métodos: Foi realizado um estudo epidemiológico, observacional, transversal e descritivo, através da análise de prontuários de 76 pacientes internados com hemorragia digestiva alta no Hospital Universitário João de Barros Barreto no ano de 2010, cujos principais aspectos estudados foram dados demográficos, fatores de risco, manifestações clínicas, classificação do sangramento, terapias instituídas, complicações, tempo de internação e evolução. Este projeto recebeu parecer favorável do Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos. Resultados: Na amostra estudada, 59,2% eram do sexo masculino (n=45), em sua maioria na faixa etária de 38 a 57 anos (42%, n=32), com média de idade de 54,9 anos (18­92 anos), apresentando Ensino Fundamental incompleto (40,8%, n=31), sem registro da renda familiar no prontuário, em sua maioria (84,2%, n=64). O tabagismo foi o principal fator de risco encontrado (26,34%, n=54), enquanto que o uso pregresso de AINES/AAS (6,3%, n=13) e a infecção por H. pylori (2,43%, n=5) foram os menos freqüentes. As hepatopatias crônicas foram as principais co­morbidades encontradas (40,7%, n=46), enquanto que a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica foi a menos freqüente (0,9%, n=1). A principal etiologia do sangramento foi não varicosa (70,4%, n=57), em que a úlcera péptica (32,1%, n=26) foi a mais freqüente. Os inibidores da bomba de prótons foram os fármacos mais prescritos para o sangramento não varicoso (46,7%, n=71), e a ligadura elástica a principal terapia endoscópica instituída para o sangramento varicoso (70%, n=13). Trinta e nove pacientes (76,6%) evoluíram sem complicações e, quando houve, foram representadas pelo choque hipovolêmico (7,8%, n=4), encefalopatia hepática (7,8%, n=4) e ressangramento (7,8%, n=4). O tempo médio de internação foi de 2 a 3 semanas (47,3%, n=36), e a alta com melhora o principal desfecho evolutivo (53,9%, n=41). Conclusão: O perfil epidemiológico dos pacientes participantes foi o homem, com idade média de 54,9 anos, e que apresentava como principais etiologias da hemorragia digestiva alta a úlcera péptica e a ruptura de varizes de esôfago, atingindo mortalidade de 25%.

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1 CD ROM

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