Doença do refluxo gastroesofágico em crianças: perfil clínico-epidemiológico e dados de pHmetria de 24 horas em crianças de Belém do Pará

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01-01-2007

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MACÊDO, Camila Fernanda Antunes Castanho Cavaleiro de. Doença do refluxo gastroesofágico em crianças: perfil clínico-epidemiológico e dados de pHmetria de 24 horas em crianças de Belém do Pará. Orientador: Marcus Vinícius Henriques Brito. 2007. 88 f. Trabalho de Curso (Bacharelado em Medicina) - Faculdade de Medicina, Instituto de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Pará, Belém, 2007. Disponível em: https://bdm.ufpa.br:8443/jspui/handle/prefix/4730. Acesso em:.
Introdução: A doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) é patologia muito prevalente na população infantil, representando importante ônus financeiro e social para as crianças portadoras desta patologia. Objetivo: Verificar o perfil clínico-epidemiológico de lactentes com sintomatologia sugestiva de DRGE. Método: Foi realizada pesquisa transversal retrospectiva com 44 crianças (18 do sexo feminino e 26 do sexo masculino) com idade variando entre zero e 24 meses, com suspeita clínica de DRGE, submetidas a pHmetria de 24 horas em clínica particular de Belém do Pará, no período de 2001 a 2006. Os dados obtidos a partir da anamnese e dos laudos dos exames foram analisados através dos softwares EpiInfo versão 3.2.2. e Biostat versão 2.0, sendo submetidos ao teste estatístico de qui-quadrado e adotando-se um valor de p menor do que 0,05 para significância estatística, sendo estes valores assinalados com um asterisco. Resultados: predominância do sexo masculino foi incipiente (59,9%), enquanto a faixa etária mais acometida foi de crianças de sete a 12 meses de vida (34,09%). Como queixas mais prevalentes, notou-se vômitos em primeiro lugar (31,48 %), seguidos por pneumonias de repetição (22,22%). À análise dos resultados das pHmetrias de 24 horas, nota-se uma maior prevalência de refluxo patológico misto (47,73%), alteração do relaxamento do esfíncter esofágico inferior (65,91%) e alteração do clareamento noturno e diurno (43,18%). Metade dos pacientes apresentava sintomatologia relacionada a episódios de refluxo observados à pHmetria. Observou-se a aplicação do tratamento clínico (baseado principalmente no uso de medicação anti-secretória) em 95% dos pacientes, sendo que em 75% foi realizado tratamento clínico isolado e em 20,25% foi realizado o tratamento cirúrgico concomitante. A principal técnica utilizada no tratamento cirúrgico foi a Fundoplicatura a Nissen. Conclusão: A população pediátrica portadora de DRGE possui um perfil clínico e pHmétrico diferente da população adulta, com um predomínio de alterações típicas de falha valvar no mecanismo desencadeador do processo patológico. Observa-se uma tendência à remissão/melhora da sintomatologia com o amadurecimento da criança.

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