O perfil laterítico ferroaluminoso da serra do Piriá

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01-01-2014

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SANTOS, Pabllo Henrique Costa dos. O perfil laterítico ferroaluminoso da serra do Piriá. Orientador: Marcondes Lima da Costa. 2014. 71 f. Trabalho de Curso (Bacharelado em Geologia) - Faculdade de Geologia, Instituto de Geociências, Universidade Federal do Pará, Belém, 2014. Disponível em: http://bdm.ufpa.br/jspui/handle/prefix/1961. Acesso em:.
Depósitos lateríticos de pequeno porte são muito frequentes no Nordeste do Pará e Noroeste do Maranhão. A maioria está mineralizada em fosfatos de alumínio, se apresentando como pequenos platôs e morros, que se destacam na planície rebaixada dessa região. Um desses depósitos de maior porte é a Serra do Piriá, localizada na margem esquerda do baixo curso do rio homônimo, no município de Vizeu (PA). Ela consiste em um conjunto de platôs e morros alinhados segundo a direção NE-SE, com 6km de extensão e altitude máxima de 110m. O perfil laterítico estudado foi exposto através de um furo de sondagem com 17m de profundidade. Deste, foram coletadas 34 amostras, as quais foram descritas, fotografadas, preparadas e submetidas a análises mineralógicas por DRX, microscopia ótica, eletrônica e análises químicas com o objetivo de entender os processos de formação do perfil laterítico e sua inserção na paisagem laterítica regional. O perfil investigado compreende dois horizontes principais, o horizonte argiloso bauxítico na base e a crosta ferruginosa bauxítica no topo. O horizonte inferior (7 a 17m) tem aspecto argilo-arenoso, é de cor vermelho-alaranjado, e localmente apresenta estruturas sugestivas de serem primárias. Ele é composto de caulinita, gibbsita, goethita, anatásio e augelita. A crosta ferruginosa bauxítica é vermelho-amarronzada, formada por concreções hematíticas com córtex goethítico e cimento gibbsítico-goethítico. A hematita, gibbsita e goethita são, portanto, minerais principais, com anatásio e augelita como acessórios. Ao microscópio óptico a trama geral compreende minerais microcristalinos distribuídos em um plasma ferruginoso hematítico, goethítico e gibbisítico (na crosta) e caulinítico/ gibbisítico no horizonte argiloso. Grãos de quartzo são observados, embora este mineral não tenha sido detectado por DRX. Os teores de SiO2 variam de 28 a 0,48%, diminuindo para o topo, enquanto os de Fe2O3 aumentam no mesmo sentido, chegando a atingir 67,8%, da mesma forma que os teores de Al2O3, que chegam a 35%. Os teores oscilantes de TiO2 entre 0,65 e 5,7% sugerem rocha-mãe de constituição heterogênea. Os teores de P2O5 entre 0,22 e 0,72% são ligeiramente elevados e representam a augelita. A composição mineralógica e a distribuição dos teores dos componentes químicos principais são compatíveis com a evolução laterítica, equivalente aos perfis lateríticos mais antigos da Amazônia, conhecidos como maturos.

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