Urbanização desordenada e qualidade ambiental nas grandes metrópoles brasileiras: um estudo de caso sobre a perda da cobertura vegetal no Distrito Administrativo do Bengui (DABEN) em Belém/Pa)

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28-08-2017

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COSTA, Suellen Cristina Vidal. Urbanização desordenada e qualidade ambiental nas grandes metrópoles brasileiras: um estudo de caso sobre a perda da cobertura vegetal no Distrito Administrativo do Bengui (DABEN) em Belém/Pa). Orientador: Ponciana Freire de Aguiar. 2017. 47 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Especialização em Gestão ambiental e Manejo de Paisagem) – Núcleo de Altos Estudos Amazônicos, Universidade Federal do Pará, Belém, ANO DE DEFESA. Disponível em: http://bdm.ufpa.br/jspui/handle/prefix/1423. Acesso em:.
As cidades brasileiras cresceram horizontalmente para as áreas periféricas de forma acelerada e desordenada ocasionando a perda da vegetação das mesmas, na medida em que o processo de periurbanização trouxe às áreas de expansão urbana a construção de espaços habitacionais e a conseqüente formação de novas centralidades comerciais, que por sua vez foram substituindo a cobertura vegetal evidenciado uma falta de planejamento urbano que levasse em consideração a presença da vegetação como vetor de qualidade ambiental no espaço inserido. A metrópole de Belém e sua áreas de expansão urbana se enquadram nesta realidade, onde o Distrito Administrativo do Bengui (DABEN), atualmente apresenta grande perda da cobertura vegetal, e o que ainda se encontra preservado, apresenta-se de forma isolada e dispersa em vias públicas e espaços residenciais, e com um certo grau de conectividade apenas dentro de espaços pertencentes à iniciativa privada, impossibilitando à população residente o acesso aos benefícios ecológicos e sociais que a vegetação pode proporcionar à estes. O histórico de ocupação urbana do DABEN nos revelou que a construção de conjuntos habitacionais, o surgimento de assentamentos ilegais, a formação de condomínios residenciais de status, o processo de verticalização e a evidente terciarização da economia trouxeram uma significativa perda da vegetação, restando apenas 11,06%, o que é considerado abaixo dos 30% recomendável para um adequado balanço térmico adequado no espaço. Concomitante a isso, foi diagnosticado um Índice de Cobertura Vegetal por Habitante (ICVH) de 13,07m²/hab, acima dos 12m²/hab estipulados como o mínimo para ratificar o conforto ambiental no espaço em que os seres humanos convivem, porém evidencia-se que a cobertura vegetal esta distribuída de forma dispersa, pois a maior parcela da população não tem acesso direto ao verde urbano. Conclui-se então que políticas públicas que viabilizem a conservação da vegetação das áreas privadas, construção e manutenção das áreas verdes, bem como a conscientização ambiental da população residente, fazem-se necessárias para o distrito área de estudo, para que então possa conciliar a modernização do espaço urbano com a presença da cobertura vegetal, gerando assim benefícios socioambientais e conseguintemente qualidade vida aos moradores que ali convivem.

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