Menstruação e pobreza menstrual, precisamos falar sobre isso! Experimentações didáticas no Programa Residência Pedagógica

A ciência ainda é percebida pelos sujeitos como algo distante, aparentemente sem qualquer influência direta sobre sua realidade vivencial. Nesse sentido, faz-se necessário que o ensino de ciências seja abordado de forma inovadora, relacionando o ensino de ciências com o cotidiano. Muitos conteúdos trabalhados no Ensino de Biologia são difíceis de relacionar de forma clara e objetiva com o dia a dia dos alunos. Dentre eles podemos destacar os sistemas reprodutores, que é trabalhado de forma muito compartimentalizada e, muitas vezes, deixando de lado as questões sociais que evolvem esse tema. Nessa perspectiva, é necessário destacar que é compromisso da escola abordar o corpo humano de forma associada com a realidade e com os anseios e necessidades dos estudantes. Dessa forma, o presente artigo relata uma experiência educacional com uma turma do 9° ano do ensino fundamental, abordando conteúdos socais, os tabus sobre a menstruação e a pobreza menstrual. Assim, destacamos a reação dos alunos frente as discussões sobre a diversidade corporal feminina e os padrões corporais impostos pela sociedade. Discutimos o entendimento dos alunos acerca dos tabus sobre a menstruação e a pobreza menstrual, fazendo uso do conhecimento prévio dos alunos como material para as discussões. Propusemos uma atividade de escrita criativa e analisamos o desempenho dos alunos diante do cenário de aulas remotas e a necessidade de atividades que estimulem a criatividade e escrita dos alunos. Destacamos a importância de atividades lúdicas na construção do conhecimento dos alunos. Além disso, propõe-se uma sequência didática para trabalhar esse conteúdo de forma aprofundada.