Comparação da altura entre pacientes com puberdade precoce dependente de gonadotrofinas após 2 anos de tratamento com aGnRH isoladamente e em associação com GH

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01-05-2019

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LOURINHO, Luan Leonardo Corrêa; COUTO, Rafaella Abrahão do. Comparação da altura entre pacientes com puberdade precoce dependente de gonadotrofinas após 2 anos de tratamento com aGnRH isoladamente e em associação com GH. Orientadora: Karem Mileo Felício. 2019. 45 f. Trabalho de Curso (Bacharelado em Medicina) – Faculdade de Medicina, Instituto de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Pará, Belém, 2019. Disponível em: https://bdm.ufpa.br:8443/jspui/handle/prefix/5792. Acesso em: .
A puberdade precoce dependente de gonadotrofinas (PPDG) é uma condição rara, mais comum em meninas, na qual ocorre o desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários em idade inapropriada e, também, a aceleração do crescimento e da idade óssea, prejudicando drasticamente a altura final dessa criança. O tratamento com os análogos do hormônio liberador de gonadotrofinas (aGnRH) para estabilização da idade óssea está consagrado na literatura, principalmente nos casos em que o diagnóstico ocorre precocemente e o tratamento é iniciado antes dos seis anos de idade. Objetivos: o presente trabalho buscou avaliar se o uso associado do hormônio do crescimento (rGH) foi superior ao uso isolado do aGnRH em relação a melhorar a altura predita. Método: Estudo longitudinal restrospectivo analítico de prontuários de pacientes com puberdade precoce dependente de gonadotrofinas atendidos no ambulatório de endocrinologia do Hospital Universitário João de Barros Barreto. Após feito o diagnóstico clínico, laboratorial ou por imagem da PPDG, dividiu-se os pacientes em dois grupos de acordo com o tipo de tratamento ao que foram submetidos e avaliou-se descritivamente a casuística e analiticamente os dados coletados. Resultados: o grupo submetido ao tratamento com associação aGnRH e rGH (n=27) era menor que o grupo tratado apenas com aGnRH (n= 88), contudo, no grupo de tratamento associado, a proporção de meninos foi maior (29%) quando comparado ao grupo apenas com análogo (5%), além disso estes pacientes apresentaram menor avanço de idade óssea com aumento médio de altura em 14,1 cm ao longo de 2 anos de seguimento versus 11,1 cm no grupo com aGnRH isolado no mesmo período. Adicionalmente, a altura predita no grupo rGH + aGnRH aumentou significativamente em média 7,4 cm em 2 anos de tratamento, enquanto o grupo em uso do análogo isolado também melhorou, porém, apenas 3,7 cm após 2 anos de bloqueio puberal. Conclusão: Tanto o tratamento com análogo isolado, como em associação com o hormônio do crescimento foram benéficos para a melhora da altura predita, porém no grupo com uso associado desta última droga observou-se maior benefício, mesmo em pacientes que iniciaram tardiamente o tratamento, sendo assim, apesar do alto custo e da necessidade de mais estudos, ao menos nos pacientes com diagnóstico tardio da puberdade precoce dependente de gonadotrofinas o uso do hormônio de crescimento deve ser considerado.

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