Vísceras expostas de uma Amazônia urbana: a literatura contemporânea de Edyr Augusto Proença e Marçal Aquino

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19-06-2024

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SANTOS, Helano Barreto dos. “Vísceras expostas de uma Amazônia urbana: a literatura contemporânea de Edyr Augusto Proença e Marçal Aquino. Orientador: Sérgio Wellington Freire Chaves, Coorientadora: Tiane de Jesus Silva Sousa. 2024. 19 f. Trabalho de Curso - Artigo (Graduação em Letras Língua Portuguesa) – Faculdade de Letras. Campus Universitário de Bragança, Universidade Federal do Pará, Bragança-PA, 2024. Disponível em: https://bdm.ufpa.br/jspui/handle/prefix/7284. Acesso em: .
Resumo: A ficcionalização da Amazônia é, historicamente, tributária do imaginário aquoso e vegetal instituído pelas narrativas de viajantes e exploradores, amplamente difundido na literatura sobre a região. Nesse sentido, este artigo, fazendo uso da perspectiva comparada, intenta pôr em diálogo as obras Eu receberia as piores notícias de seus lindos lábios (2005) – Marçal Aquino –, e Selva Concreta (2012) – Edyr Augusto Proença –, por meio da construção da Amazônia enquanto tema literário, afim de compreender qual perspectiva sobre a região amazônica tem sido abordada na literatura contemporânea. Para tanto, recorreu-se a estudiosos como Carvalhal (2006), Schollhammer (2009), Hardman (2007), Godim (1994), Borges (2006), entre outros. Contribui-se, dessa forma, com as investigações que visam discutir a Amazônia em uma perspectiva atual, observando a manutenção ou o distanciamento da habitual representação exótica ou fantasiosa. Em oposição à literatura canônica sobre a região, constatou-se que os autores constroem uma Amazônia urbana complexa e conflituosa, que a aproxima de qualquer centro urbano da contemporaneidade, marcados, entre outros, pela desigualdade social, violência e corrupção. Há, portanto, a abertura a novas possibilidades de se pensar e de ficcionalizar este espaço, considerando especialmente a complexidade social e cultural da região.

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