Avaliação da reconciliação dentro do fluxo de planejamento de mina – Estudo de caso de melhoria da amostragem

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03-11-2022

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SOARES, Victor Matheus Pantoja. Avaliação da reconciliação dentro do fluxo de planejamento de mina – Estudo de caso de melhoria da amostragem. Orientador Evaldo Raimundo Pinto da Silva. Coorientador: Flávio Azevedo Neves Amarantes. 2022. 77 f. Trabalho de Curso (Bacharelado em Geologia) - Faculdade de Geologia, Instituto de Geociências, Universidade Federal do Pará, Belém, 2022. Disponível em:https://bdm.ufpa.br/jspui/handle/prefix/7321. Acesso em:.
Para que uma empresa de mineração inicie a etapa de lavra de um minério, diversas fases anteriores precisam ser executadas, como a etapa de pesquisa mineral, sondagem, preparação e análise de amostras, juntamente com QA/QC, criação do modelo geológico, estimativa de recursos e geração do modelo de blocos, classificação de recursos, otimização de cavas e sequenciamento. Toda a etapa de Planejamento de lavra de uma mina e sequenciamento têm como base o modelo de blocos, o qual é gerado através de modelagem e estimativas usando métodos tradicionais e/ou geoestatísticos. Visto que o modelo é criado a partir de uma estimativa, é preciso fazer a validação do mesmo. Durante a criação dele diversas validações importantes são realizadas, porém a principal ratificação do modelo é obtida com as reconciliações, já com a mina em operação. As reconciliações são a comparação entre uma medição e uma estimativa, nesse caso, entre os dados reais de produção/lavra (volume/tonelagem/qualidade) e a estimativa realizada no modelo de blocos. Com isso, a reconciliação se torna um instrumento utilizado para validar o modelo, para detectar falhas nas operações e fornecer oportunidade de melhorias. No presente trabalho, foi detectado ao longo das reconciliações mensais que um dos parâmetros de qualidade do minério (grit) estava destoando na comparação entre os dados reais e os dados do modelo geológico. Primeiramente partiu-se da premissa que o modelo estava coerente e foi realizada auditoria em campo para verificar como as amostras que representavam a qualidade real do minério eram coletadas. Em campo, verificou-se que as amostras eram coletadas de forma inapropriada nas pilhas de minério, a amostragem era não-probabilística, a frequência de coleta era inadequada e a preparação era executada em um local impróprio e com ferramentas indevidas. A partir dessas considerações, uma equipe de trabalho foi formada e após diversas análises e debates, foi decidido interromper a amostragem das pilhas e mudá-la para uma amostragem onde se tem o produto da alimentação do blunger (na forma de polpa), pois considerou-se que seria uma amostragem representativa e com a periodicidade adequada. Esse tipo de amostragem já era realizada, porém se passou a coletar uma maior quantidade de amostras ao longo do dia e mais análises também passaram a ser efetuadas, permitindo que tanto a produção, utilizando esses dados instantaneamente para o controle de qualidade da blendagem, quanto a Geologia, utilizando nas reconciliações e no auxílio do controle de qualidade da mina, possam se beneficiar do novo processo. Após o início da nova amostragem foi possível verificar nas reconciliações que os dados de qualidade entre produção e o modelo de blocos se tornaram aderentes, confirmando que a discrepância existia devido a um problema em uma fase operacional (amostragem) e não devido a uma falha no modelo.

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