Estudo epidemiológico do câncer do colo de útero no estado do Pará entre 2017 e 2021

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Data

01-01-2022

Orientador(es)

KAWAMURA, Lecy Lattes

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Citar como

ARAÚJO, Isabelle Cássia Viana de; SASAKI, Neli Miyuki Ramos. Estudo epidemiológico do câncer do colo de útero no estado do Pará entre 2017 e 2021. Orientadora: Lecy Kawamura. 2022. 56 f. Trabalho de Curso (Bacharelado em Medicina) - Faculdade de Medicina, Instituto de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Pará, Belém, 2022. Disponível em: https://bdm.ufpa.br:8443/jspui/handle/prefix/5636. Acesso em:.
O câncer do colo de útero (CCU) é caracterizado por ser uma doença de replicação confusa e desordenada deste epitélio, causada pela infecção persistente do HPV, sendo 570 mil casos diagnosticados por ano no mundo e 311 mil óbitos, ficando como quarto tipo de câncer mais comum entre as mulheres. Países considerados desenvolvidos têm menores taxas relacionadas ao câncer, ao passo que países subdesenvolvidos, incluindo-se o Brasil, são os campeões nos novos números de CCU. O Brasil, por sua vez, tem um número de 16.590 casos/ano estimados para o triênio 2020-2022, sendo o Pará responsável por cerca de 780 casos e Belém, 110. Sendo assim, este trabalho tem como objetivo analisar o perfil epidemiológico acerca do CCU e sua taxa de mortalidade, a partir de um estudo ecológico, retrospectivo e epidemiológico na base de dados informatizado DATASUS-TABNET sobre as lesões de alto grau e câncer do colo de útero, no estado do Pará no período de 2017 a 2021. O Estado do Pará ainda possui altas taxas quando se fala sobre essa doença. As lesões de alto grau (NIC 2, NIC 3 e adenocarcinoma in situ) compreendem a maior parte dos dados coletados na pesquisa, quando comparado ao câncer do colo de útero. Tal situação pode denotar uma subnotificação, preenchimento incorreto dos dados, mal controle dos casos diagnosticados, entre outros. A pandemia do coronavírus corroborou para o pronunciamento dessas notificações incorretas. Esse fato também compromete a análise do fator escolaridade relacionado a estas lesões. Ainda, compreendeu-se por meio desta pesquisa que o Pará ainda possui taxas exorbitantes de mortalidade, quando se compara a outros Estados e principalmente, ao Brasil, o qual foi relatado no estudo. Também, há uma percepção de um crescente aumento de casos em faixas etárias menores, sendo as idades entre 30 a 35 anos as com mais notificações, e a média de idade dos diagnósticos sendo 49,5. Sendo assim, é importante ressaltar que, por se tratar de um importante problema de saúde pública, o câncer do colo de útero não afeta apenas mulheres, mas todo o círculo social à sua volta. Com dados alarmantes para esse problemática, o Estado do Pará chama a atenção para a necessidade de um maior investimento no rastreio e busca ativa de mulheres – principalmente as que têm menos acesso aos serviços – e para a promoção de educação de saúde, principalmente por parte da Atenção Primária à Saúde.

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