Adaptações e desafios: a Educação do Campo em tempos de ensino remoto e a alternância pedagógica - Tempo Universidade (TU) e Tempo Comunidade (TC) na pandemia

O artigo aborda os desafios enfrentados pela Alternância Pedagógica - Tempo Universidade (TU) e Tempo Comunidade (TC) - durante a pandemia do novo coronavírus no Curso de Licenciatura em Educação do Campo do Campus Universitário do Tocantins Cametá - CUNTINS/UFPA. O texto discute a importância da Pedagogia da Alternância como proposta educativa necessária para a formação inicial de professores capazes de atuar nos espaços educacionais e sociais do campo. A pesquisa analisa as possíveis implicações geradas pela pandemia do novo coronavírus (COVID-19) no processo formativo dos alunos da LEDOC (Campus de Cametá/UFPA), em particular, os eventuais entraves à Alternância Pedagógica como metodologia do curso. A pesquisa foi realizada por meio de revisão bibliográfica (PRODANOV; FREITAS, 2013) e análise documental (GIL, 2002; 2008), tendo como base teórica autores como Lima, Hage, Souza (2021), Calejon, Brito (2020), Arroyo (2014), Maria (2021), Molina, Freitas (2011), Freire, Batistela et al. (2015), entre outros. O estudo mostra que a adoção do ensino remoto durante a pandemia apresentou muitos obstáculos para a Alternância Pedagógica, principalmente devido à dificuldade de acesso à internet pelas populações do campo. Essas observações corroboraram na compreensão a respeito da importância da Alternância Pedagógica no curso de Educação do Campo, enquanto metodologia de ensino, o que significa dizer que pode prejudicar na formação docente , já que nega a voz dos sujeitos que a protagonizaram, desarticulando o Projeto Político pedagógico do Curso (PPC) construído mediante as realidades e especificidades dos educandos.