Estudo dos parâmetros meteoceanográficos de um estuário amazônico

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Data

06-09-2017

Coorientador(es)

ROLLNIC, Marcelo Lattes

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SILVA, Adriano Magalhães da Paixão e. Estudo dos parâmetros meteoceanográficos de um estuário amazônico. Orientadora: Thaís Angélica da Costa Borba. Coorientador: Marcelo Rollnic. 2017. 60 f. Trabalho de Curso (Bacharelado em Oceanografia) - Faculdade de Oceanografia, Instituto de Geociências, Universidade Federal do Pará, Belém, 2017. Disponível em: http://bdm.ufpa.br/jspui/handle/prefix/850. Acesso em:.
A zona costeira amazônica (ZCA) abriga algumas dezenas de estuários e canais de maré; possui características meteoceanográficas distintas do restante do Brasil; e sofre influência do fenômeno El Niño – Oscilação Sul (ENOS). Devido ao grande número de estuários e a dimensão da ZCA, há uma grande lacuna no conhecimento sobre as condições meteorológicas, e por isso, esse trabalho teve como objetivo descrever os parâmetros meteoceanográficos, em função da sazonalidade, maré, e ocorrência de fenômeno ENOS. O trabalho foi realizado no rio Mojuim, norte do Brasil, próximo a desembocadura de um grande estuário (do rio Pará), os quais estão sob influência de regime de meso a macromaré semidiurno e com clima quente úmido classificado como AWA’A’. Dados de precipitação, ventos, temperatura (do ar e da água) e condutividade da água foram coletados a partir de uma estação meteoceanográfica fixa programada para fazer medições a cada 5 minutos de janeiro de 2016 até abril de 2017. Foram calculados valores de salinidade, e valores diários e mensais desses e dos demais parâmetros físicos citados anteriormente, além de analisada a influência da ENOS na precipitação e relacionado os parâmetros hidrológicos e atmosféricos, através da correlação de Pearson. Os resultados de precipitação exibiram valores mais elevados durante janeiro a abril, e menores valores de agosto a dezembro de 2016, com chuvas bem distribuídas ao longo dos meses, com exceção do mês de janeiro e dezembro. Durante os meses analisados, a precipitação foi elevada no El Niño, e baixa na La Niña. Os ventos apresentaram direção predominante para nordeste e com velocidade máxima de 10 m/s e ventos da 3 a 5 m/s mais frequentes; com ventos mais definidos nos meses menos chuvosos e com uma variação da intensidade influenciada pela temperatura do ar. Essa última teve uma variação sazonal pouco significativa, porém os meses de maio, junho e julho apresentaram amplitude térmica mensal alta, em relação aos demais meses. Nos meses analisados, a salinidade variou de 0 a 30, e mostrou variação forte com a maré e a precipitação nos períodos sazonais. Assim como, a temperatura da água sofreu grande influência da temperatura do ar, porém com uma variação sazonal menor do que a mesma. Logo, a região apresentou 3 períodos sazonais bem marcados (como já observado por outros autores); efeito inverso da precipitação durante o ENOS; influência dos ventos alísios na direção e da temperatura do ar na intensidade dos ventos; baixa variação sazonal da temperatura do ar e da água; e variação sazonal da salinidade semelhante à outras localidades da zona costeira amazônica.

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