Avaliação da cirurgia endoanal na doença de Hirschsprung: experiência do serviço de cirurgia pediátrica do Hospital Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará

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Data

01-01-2009

Coorientador(es)

LIMA, Thiago Leal Lattes

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Citar como

MACEDO, Daniela Bezerra; RODRIGUES, Jussandra Cardoso. Avaliação da cirurgia endoanal na doença de Hirschsprung: experiência do serviço de cirurgia pediátrica do Hospital Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará. Orientador: Manoel Eduardo Amoras Gonçalves. 2009. 79 f. Trabalho de Curso (Bacharelado em Medicina)-Faculdade de Medicina, Instituto de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Pará, Belém, 2009. Disponível em: https://bdm.ufpa.br:8443/jspui/handle/prefix/4683. Acesso em:.
A doença de Hirschsprung, desde a descoberta de sua etiopatogenia, requer a correção cirúrgica como tratamento definitivo. Várias técnicas foram desenvolvidas desde então com a finalidade de melhorar a qualidade de vida das crianças que apresentam tal anomalia. Esta pesquisa objetivou apresentar a experiência do Serviço de Cirurgia Pediátrica do Hospital Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará com a técnica de Abaixamento Transanal Endorretal para tratamento da doença de Hirschsprung no período de janeiro de 2008 a janeiro de 2009. A pesquisa foi de natureza descritiva longitudinal. Os dados foram coletados nos prontuários de pacientes submetidos ao procedimento cirúrgico, fornecidos pelo Serviço de Arquivos Médicos e Estatísticos da Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará, de acordo com uma ficha de protocolo específica. Houve predominância do sexo masculino (77% dos pacientes). A idade dos pacientes no momento do tratamento variou entre 7 e 121 dias, com média de 2 anos e 8 meses (±39,6 meses). Do total de pacientes, 39% possuíam colostomia prévia e a enterocolite pré-operatória foi diagnosticada em 15,4%. O tempo de internação total variou entre 9 e 24 dias e o de pós-operatório variou entre 4 e 20 dias. O peso médio dos pacientes foi de 8 ±6,06 kg e a média de duração da cirurgia foi de 92 minutos. A recuperação da função intestinal ocorreu em média 40 ±24,09 horas e a alimentação oral iniciou 97 ±35,36 horas após a cirurgia. A média de seguimento foi de 6 ±2,43 meses. As complicações pós-operatórias ocorreram em 30,8% dos casos, variando em prolapso da mucosa retal (25%), distensão abdominal (25%) e infecção da ferida operatória (50%). No seguimento ocorreram complicações em 46,2% dos pacientes, variando em incontinência anal (33,3%), assadura perianal (33,3%), micose perianal (33,3%) e estenose anal (16,7%). Não foram registrados óbitos, doenças associadas e enterocolite pós-operatória. Os achados desta pesquisa incrementam as informações disponíveis na literatura sobre a utilização da técnica de Abaixamento Transanal Endorretal, embora ainda não permitam tecer comentários a cerca dos resultados funcionais em tão curto intervalo de seguimento.

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