Campo de densidade na Plataforma Continental Amazônica

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Data

04-12-2019

Orientador(es)

PRESTES, Yuri Onça Lattes

Coorientador(es)

ROLLNIC, Marcelo LattesORCID

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Acesso Abertoaccess-logo

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SANTIAGO, Matheus Pamplona. Campo de densidade na Plataforma Continental Amazônica. Orientador: Yuri Onça Prestes. 2019. 37 f. Trabalho de Curso (Bacharelado em Oceanografia) - Faculdade de Oceanografia, Instituto de Geociências, Universidade Federal do Pará, Belém, 2019. Disponível em: https://bdm.ufpa.br:8443/jspui/handle/prefix/3109. Acesso em:.
A Plataforma Continental Amazônica (PCA) é influenciada por dois grandes sistemas: rios Amazonas e Pará. Contudo, não há estudos sobre o campo de densidade da PCA influenciado pela variabilidade e estratificação das plumas desses dois sistemas. O objetivo deste trabalho é investigar a variação espaço-temporal do campo de densidade em uma seção ao longo da PCA. Para isto, foram utilizados dados de quatro campanhas oceanográficas obtidas no âmbito do projeto Costa Norte: de março, julho, outubro e dezembro de 2018. A coleta de dados ocorreu em 8 pontos, ao longo da isóbata de 50 m, a uma distância de aproximadamente 200 km do continente. Os perfis verticais de Temperatura e Salinidade (TS) foram obtidos através de um sensor CTD (Conductive, Temperature, and Depth) Sea Bird modelo SBE-37 SM, com uma frequência amostral de 0,2 Hz. A frequência de Brunt-Vaisala ao quadrado (N²), usada para determinar a estabilidade do fluido, foi calculada em função do gradiente de densidade e o Parâmetro de Estratificação (𝑃ɛ) calculado em função do gradiente vertical de Salinidade. No período transicional e seco (julho e outubro de 2018) não houve diferença significativa de temperatura e salinidade entre superfície e fundo (média de 28 ºC e 36,1 g.kg-1). No período chuvoso (março), houve forte estratificação vertical entre superfície e fundo de 28 a 27,5 ºC e 35,4 a 17,2 g.kg-1. Neste período, foi constatado máximo de temperatura (28,2 ºC) em torno de 15 metros de profundidade, com diferença média de 0,2 ºC em relação à temperatura em superfície, exceto em alguns pontos em que essa diferença foi de até 0,6 ºC. A análise de N² apresentou maior magnitude durante o período chuvoso e o período transicional entre seco e chuvoso (máximo de Log10(N²) igual a -1,7, sempre em torno dos 7-10 m de profundidade). Estes resultados sugerem que apesar da presença de água continental em superfície oriunda da drenagem continental dos dois sistemas que drenam a região, há uma alta estabilidade entre estas massas de água e, que esta, aparece principalmente durante o período chuvoso em condição de forte estratificação vertical (Pɛ igual a 5,9.10-1). É possível que a inversão térmica observada na camada de mistura seja causada pela não interação instantânea entre estas duas massas de águas continentais que possuem traçadores físicos próprios, resultando em duas plumas que não se misturam.

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