Caracterização dos cnidários pelágicos associados à pesca de arrasto de camarão na Plataforma Continental Amazônica

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06-12-2019

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MARINHO, Yago Brito. Caracterização dos cnidários pelágicos associados à pesca de arrasto de camarão na Plataforma Continental Amazônica. Orientador: José Eduardo Martinelli Filho. 2019. 38 f. Trabalho de Curso (Bacharelado em Oceanografia) - Faculdade de Oceanografia, Instituto de Geociências, Universidade Federal do Pará, Belém, 2019. Disponível em: https://bdm.ufpa.br:8443/jspui/handle/prefix/3108. Acesso em:.
Fauna associada é definida como indivíduos, de qualquer espécie ou tamanho, que são capturados junto com a espécie-alvo da pescaria. Compondo essa fauna existem diversas espécies de medusas, que são organismos gelatinosos do zooplâncton e com estilo de vida pelagial. O objetivo deste trabalho foi descrever a composição de medusas (classes Scyphozoa e Cubozoa) da fauna associada à pesca de camarão e estimar a densidade e biomassa das espécies dominantes, através de equações de regressão comprimento - peso, em trechos da plataforma continental amazônica brasileira. As amostras foram obtidas de três campanhas que ocorreram durante os meses de agosto a setembro de 2016, abril a maio e junho a julho de 2017, através de redes de arrasto de fundo. A fauna foi armazenada em sacos plásticos e etiquetada dentro de tonéis, contendo formaldeído tamponado diluído em água do mar (concentração final de 4%). Em laboratório, foram realizadas as identificações taxonômicas e biometria. A densidade foi calculada a partir do volume de água filtrada e a quantidade de indivíduos estimados a bordo em cada campanha. Por fim, a biomassa foi estimada a partir da densidade em cada campanha e multiplicada pelos pesos médios, obtidos por equações de regressão disponíveis na literatura. Os valores das variáveis morfométricas (diâmetro da umbrela, comprimento do braço oral, volume e peso) variaram entre as campanhas. Foram identificadas somente duas espécies: Chiropsalmus quadrumanus e Stomolophus meleagris. Ambas as espécies durante o período seco apresentaram menores valores de biomassa (média 49,4 ± 26,5 g e 94,8 ± 55,5 g para C. quadrumanus e S. meleagris respectivamente), em relação ao período chuvoso (média é de 57,9 ± 21,2 g e 194,6 ± 75,3 g para C. quadrumanus e S. meleagris respectivamente). Durante o período seco, embora menores, os indivíduos foram mais abundantes (C. quadrumanus 4.103 ind.km-3 e S. meleagris 3,7.102 ind.km-3). Já no período chuvoso, os animais foram maiores e menos abundantes (C. quadrumanus 3,6.103 ind.km-3 e S. meleagris 2,6.102 ind.km-3). As diferenças espaciais entre as campanhas não foram significativas, embora a densidade seja maior para campanha 1, mais distante da costa, enquanto as campanhas 2 e 3 foram mais próximas da costa, com menor densidade. Esse trabalho foi o primeiro a estudar a biomassa e densidade dos cnidários pelágicos na Plataforma Continental da Amazônica e mostra a sua variabilidade em relação ao tempo.

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