Relação da salinidade e turbidez nos limites de um estuário amazônico

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05-04-2017

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VALENTIM, Micaela Machado. Relação da salinidade e turbidez nos limites de um estuário amazônico. Orientadora: Sury de Moura Monteiro. 2017. 37 f. Trabalho de Curso (Bacharelado em Oceanografia) - Faculdade de Oceanografia, Instituto de Geociências, Universidade Federal do Pará, Belém, 2017. Disponível em: http://bdm.ufpa.br/jspui/handle/prefix/986. Acesso em:.
Este estudo relaciona as flutuações de salinidade e turbidez ao longo do estuário Mojuim, dominado por macromaré e situado na região de clima tropical úmido entre a foz do rio Pará e o Oceano Atlântico, (0°39'43.53"S e 48° 0'4.86"O), Nordeste do Pará, Brasil. Os dados de salinidade e turbidez foram medidos na coluna d’água in situ, em superfície e fundo, com uma sonda multiparâmetros (Horiba U-50), em seis meses, correspondentes ao período intermediário (julho e agosto de 2016), período seco (novembro e dezembro de 2016) e chuvoso (janeiro e fevereiro de 2017), durante a maré de sizígia. As estações de amostragem abrangeram 50 km ao longo do estuário e foram divididas em cinco setores com 10 km cada. Classificamos os setores de acordo com o Sistema de Veneza. Não observamos variações significativas (p>0,5) de salinidade na coluna d’agua, o contrário ocorre para turbidez. Foram aplicados questionários quali-quatitativos para comunidades localizadas em diferentes extensões do estuário Mojuim, a fim de detectar a percepção ambiental dos moradores sobre a intrusão salina. No período chuvoso, observamos a menor salinidade média (8,5±0,8 PSU) e a maior turbidez (344,32 ± 48,22 NTU), no período intermediário a salinidade foi de 15,99±0,37 PSU e turbidez 173, 91 ± 19,26 NTU, a maior salinidade de 22,38±0,61 PSU e a turbidez foi de 215,16 ± 42,09 NTU ocorreram no período seco. A intrusão salina atingiu o setor 5 (50 km da foz a montante) no período seco e ficou restrita ao setor 3 (30 km) no período chuvoso. Este último, em todos os períodos, apresentou a maior variação nas zonas halinas, as quais variaram de oligohalina no período chuvoso, mesohalina no intermediário e polihalina no seco. A percepção ambiental dos entrevistados indicou mudanças no rio, destacaram aspectos como: diminuição da água preta, presença de água salobra na porção a montante fluvial. Percebemos que, durante o período chuvoso e intermediário, o domínio fluvial limita o avanço da maré, por isto, o setor 5 não apresenta variações halinas, permanecendo como zona de água doce. O contrário ocorre no período seco, quando este setor apresenta zona oligohalina, devido ao maior alcance da maré e a maior dispersão dos sais no estuário. Estes limites halinos podem variar interanualmente, o que indica a influência de anomalias climatológicas sobre a dinâmica do estuário nos últimos anos.

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