Organização Estrutural das Rochas Hospedeiras do Depósito Cachoeira do Piriá (PA)

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01-01-2015

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MELO JUNIOR, Reinaldo Fontoura de. Organização Estrutural das Rochas Hospedeiras do Depósito Cachoeira do Piriá (PA). Orientador: Roberto Vizeu Lima Pinheiro. 2015. 68 f. Trabalho de Curso (Bacharelado em Geologia) - Faculdade de Geologia, Instituto de Geociências, Universidade Federal do Pará, Belém, 2015. Disponível em: http://bdm.ufpa.br/jspui/handle/prefix/1802. Acesso em:.
O Depósito Aurífero Cachoeira do Piriá faz parte da Província Estrutural Parnaíba localizada no meio norte brasileiro, na região limítrofe entre os estados do Pará e Maranhão. Nesta região afloram rochas metavulcânicas e metasedimentares de idade Proterozóica, além de rochas sedimentares de idade fanerozóica. Todas estas rochas metamórficas e magmáticas constituem parte do Cinturão Gurupi e do Cráton São Luis. O Cinturão Gurupi apresenta trend NNW-SSE e localiza-se na borda SSW do Cráton São Luis. Este cinturão apresenta dois domínios estruturais: o primeiro, marcado por zonas de cavalgamentos e o segundo caracterizado por zonas de cisalhamento oblíquas sinistrais. A Zona de Cisalhamento Tentugal é transcorrente-sinistral e é considerada o limite transicional entre o Cinturão Gurupi e o Craton São Luis. Esta zona de deformação está associada à formação dos principais depósitos de ouro do Cinturão, sendo um exemplo o Depósito Aurífero de Cachoeira do Piriá. As rochas hospedeiras desse depósito pertencem a Formação Chega Tudo e são compostas principalmente por metavulcânicas, além de rochas metassedimentares, ambas milonitizadas, que apresentam foliação espaçada anastomótica de direção NW-SE com ângulos de mergulho variando entre 30º-60º/SW. Há também a presença da foliação contínua grossa e da foliação cataclástica que ocorrem localmente nestas rochas e que apresentam direção concordante com a da foliação milonítica, com ângulos de mergulho subverticais. As rochas da Formação Chega Tudo mostram-se deslocadas por falhas e fraturas tardias de direção NE-SW com ângulos de mergulhos subverticais que são melhor definidos em mapas aerogeofísicos. Estas feições rúpteis são responsáveis pela rotação localizada das rochas na região de Cachoeira do Piriá, onde o trend do Cinturão NW-SE é desviado para a posição próxima do N-S. Essa rotação desvia as tramas da foliação em geral presente nos litotipos da Formação Chega Tudo e do Depósito Aurífero Cachoeira do Piriá. Os veios de quartzo presentes apresentam direções preferenciais NW-SE e E-W com mergulhos subverticais e estão associados com a atividade hidrotermal que afeta os litotipos da Formação Chega Tudo. Estes veios mostram-se subparalelos a trama regional e associados com o hidrotermalismo são considerados responsáveis pela concentração de ouro no Depósito Aurífero Cachoeira do Piriá.

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