Macroinvertebrados sésseis associados a arribações de espécies pelágicas de sargassum (phaeophyceae: fucales) na costa amazônica

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01-01-2017

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MORAIS, Leonardo Mario Siqueira. Macroinvertebrados sésseis associados a arribações de espécies pelágicas de sargassum (phaeophyceae: fucales) na costa amazônica. Orientador: José Eduardo Martinelli Filho. Co-orientadora: Daiane Evangelista Aviz da Silva. 2017. 48 f. Trabalho de Curso (Bacharelado em Oceanografia) - Faculdade de Oceanografia, Instituto de Geociências, Universidade Federal do Pará, Belém, 2017. Disponível em: http://bdm.ufpa.br/jspui/handle/prefix/905. Acesso em:.
A composição e estrutura de macroinvertebrados sésseis associada às espécies pelágicas de Sargassum na costa nordeste paraense foi objetivo desse estudo inédito. As amostragens ocorreram no município de São Caetano de Odivelas durante junho de 2014; praia do Atalaia (município de Salinópolis), em abril e maio de 2015 e maio de 2016 e a 100 km da costa de Maracanã, durante abril de 2016. As amostras foram coletadas aleatoriamente, com auxílio de embarcação quando necessário. As algas foram identificadas, pesadas e mensuradas, enquanto que a fauna associada foi identificada a nível específico quando possível e quantificada. Foi determinada a densidade, riqueza, diversidade (H’), dominância (D’) e equitabilidade (J’), que foram comparadas entre localidades, espécies de Sargassum e diferentes regiões morfológicas das algas. Para evidenciar padrões de similaridade, foi aplicada a análise de cluster seguida de testes de significância (ANOSIM). As algas foram menores do que as registradas para o Atlântico Norte, provavelmente devido as temperatura mais elevadas das baixas latitudes. A fauna séssil de vida livre apresentou riqueza mais elevada e diferiu da descrita para o mar de Sargaço e corrente do Golfo, com exceção de Spirorbis sp., Actiniidae e Ascidacea. Possivelmente, as diferenças se deve a uma recolonização das algas dentro da Região Norte Equatorial de Recirculação (NERR). Diferentes regimes hidrodinâmicos durante a amostragem possivelmente ocasionaram amostras com maior riqueza e densidade de invertebrados associados em mar aberto do que em praias. Sargassum natans apresentou índices ecológicos mais elevados para a comunidade séssil de vida livre quando comparado a S. fluitans. No geral, os epizoários de vida livre colonizaram mais intensamente o filóide, uma vez que são suspensívoros e o fluxo de partículas é maior em relação ao caulóide. A fauna séssil colonial foi representada por Obelia dichotoma e Membranipora sp., comumente encontrados associados ao Sargassum no Atlântico Norte. Membranipora sp. exerceu colonização mais intensa sobre S. natans, já Obelia dichotoma sobre S. fluitans, o que pode indicar uma competição por espaço entre os táxons. Membranipora sp. colonizou mais intensamente os caulóides, provavelmente devido a maior rigidez e a elevada área do caulóide sem o efeito tanino. Obelia dichotoma colonizou com maior intensidade o caulóide em S. fluitans e o filóide em S. natans, resultado atribuído à forma de espalhamento das colônias. O presente estudo exibe padrões de fauna associada dissimilares em relação ao observado para o Atlântico Norte e representou reduzida funcionalidade das manchas de Sargassum como vetores no transporte de espécies exóticas para a região amazônica.

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