Internações de idosos em relação à saúde mental em momento de pandemia no Estado do Pará-Brasil: uma análise do período de 2017 a 2023

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13-11-2024

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TEMBÉ, Valdinei Reis Santos; LEAL, Wildman de Souza. Internações de idosos em relação à saúde mental em momento de pandemia no Estado do Pará-Brasil: uma análise do período de 2017 a 2023. Orientadora: Izaura Maria Vieira Cayres Vallinoto. 2024. 30 f. Trabalho de Curso (Bacharelado em Medicina) - Faculdade de Medicina, Instituto de Ciências Médicas, Universidade Federal do Pará, Belém, 2024. Disponível em: https://bdm.ufpa.br/jspui/handle/prefix/7871. Acesso em:.
Considerando a importância de políticas públicas para o público idoso com base nas estatísticas apresentadas pelo IBGE que traça um perfil de envelhecimento em nível nacional pretendeu-se desenvolver uma avaliação do perfil epidemiológico das internações por idosos em relação à saúde mental no período de 2017 a 2023, incluindo a pandemia de COVID-19 no estado do Pará, assim como identificar a saúde mental como política de saúde pública, descrevendo ações e serviços oferecidos na atenção básica. Trata-se de uma pesquisa documental, epidemiológica, retrospectiva com análise quantitativa e comparativa dos dados retrospectivos com base nos registros de internações de idosos no que tange a saúde mental no período da pandemia de COVID-19 (2019 a 2022), com ano de atendimento entre 2017 a 2023, no Sistema de Informações de Internações Hospitalares, disponíveis para consulta no banco de dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) relativos à região Norte, ao estado do Pará, à faixa etária, aos tipos de transtornos mentais, ao sexo e às doenças crônicas. Observou-se maior incidência de internações nas regiões Sudeste e Sul, decrescendo às Nordeste, Centro-Oeste e Norte, embora em todas tenha sido observado um crescente, especialmente nos períodos pandêmico e pós-pandêmico. A região Norte e o estado do Pará, durante o período de 2017 a 2023, apresentaram ascensão de casos de internação de idosos por saúde mental, principalmente durante o período pandêmico e no pós-pandemia, com um leve decréscimo. O maior índice de internações foi do sexo masculino, com maior acometimento na faixa etária de 60-69 anos e de transtornos esquizotípicos, esquizofrenia, transtornos delirantes e de humor-afetivos como as doenças mentais com maior incidência de hospitalizações no período da COVID-19, apresentando um padrão de aumento nos percentuais nos períodos pandêmico e pós-pandêmico, assim como para os transtornos mentais e comportamentais decorrentes do uso de drogas e de outras substâncias psicoativas e os transtornos neuróticos, os relacionados com o estresse e os somatoformes. Quanto às doenças crônicas, observou-se que durante a pandemia todas as doenças identificadas neste estudo apresentaram uma elevação significativa, comparativamente ao pré-pandêmico e no período pós-pandemia uma decrescente. Esses resultados reforçam que a população idosa é um público muito afetado por questões mentais e comportamentais, tornando-se importante o fortalecimento de estratégias individualizadas que atendam e mapeiem os idosos que apresentam sinais de saúde mental comprometida e sejam inseridos em programas de intervenção na saúde mental e na qualidade de vida. Foram, também, apresentados ações e serviços do SUS que atendem o idosos em seu contexto social e familiar. Conclui-se que este estudo contribui, de forma significativa, para alertar ao manejo emocional do idoso em um período de pandemia, assim como no pós-pandemia e que precisam ser inseridos em políticas públicas de saúde para retornarem à vida social e ter qualidade de vida.

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