Alteração potássica em rochas gabroicas hospedeiras de minério de Cu e Au no depósito Visconde, região de Carajás

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01-01-2012

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SANTOS, Camila Marques dos. Alteração potássica em rochas gabroicas hospedeiras de minério de Cu e Au no depósito Visconde, região de Carajás. Orientador: Raimundo Netuno Nobre Villas. 2012. 90 f. Trabalho de Curso (Bacharelado em Geologia) - Faculdade de Geologia, Instituto d Geociências, Universidade Federal do Pará, Belém, 2012. Disponível em: http://bdm.ufpa.br/jspui/handle/prefix/1878. Acesso em:.
O presente estudo tratou da alteração potássica que as rochas máficas, possivelmente gabros/(quartzo)dioritos, experimentaram durante o evento que gerou o depósito cupro-aurífero Visconde. Não foi possível determinar a composição original dessas rochas, porém a associação mineral pré-alteração hidrotermal consistia de plagioclásio, Mg-hornblenda e magnetita, além de quantidades subordinadas de quartzo, a qual foi submetida a metassomatismo sódico-cálcico que produziu caracteristicamente Fe-pargasita e escapolita. Biotita é o mineral típico da alteração potássica e sua abundância permitiu reconhecer rochas pouco (≤10%), moderada (10-40%) e intensamente biotitizadas (>40%). Esta mica substituiu a Fe-pargasita e outros minerais, porém também foi precipitada diretamente dos fluidos hidrotermais. A variedade pouco biotitizada preservou localmente a textura subofítica e é composta principalmente de Mg-hornblenda, Fe-pargasita, plagioclásio e biotita. A variedade moderadamente biotitizada é, em geral, estruturada e, além da biotita, consiste de Fe-pargasita, actinolita, plagioclásio, escapolita e quartzo, com quantidades menores de epidoto, clorita, magnetita e sulfetos. Por seu turno, a variedade intensamente biotitizada é constituída de biotita >> escapolita > Fe-pargasita, actinolita > quartzo, plagioclásio, turmalina, epidoto, clorita, magnetita, sulfetos, com algumas amostras exibindo notável foliação milonítica. À medida que o grau de biotitização aumentou, as rochas tenderam a se enriquecer em K2O e MgO, e se empobreceram em CaO e Na2O, refletindo a substituição dos minerais sódico-cálcicos por biotita. Elas também foram enriquecidas em Rb e Ba, e empobrecidas em Sr com o avanço da biotitização. A relação KxRb é essencialmente linear, de sorte que o conteúdo de Rb pode servir para distinguir as amostras pouco (Rb<125 ppm), moderada (125<Rb<225 ppm) e intensamente alteradas (Rb>225 ppm). Por outro lado, observa-se relação antipatética entre K e Sr, significando dizer que o Sr foi removido juntamente com o Ca durante a substituição dos anfibólios e escapolita pela biotita. Os fluidos hidrotermais foram capazes igualmente de transferir Ni, Co, Cu e Au às rochas, tanto mais quanto maior foi o grau de biotitização, sugerindo uma relação direta entre a alteração potássica e a mineralização. Eles foram capazes, de outra feita, de retirar ETR das rochas, registrando-se os menores totais na variedade intensamente biotitizada, sem, contudo, modificar significativamente o padrão de distribuição destes elementos.

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