Geometria das rochas ferríferas da região de Pedra Branca do Amapari (Amapá)

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12-08-2011

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SEGUNDO, Roberto Barbalho Leal. Geometria das rochas ferríferas da região de Pedra Branca do Amapari (Amapá). Orientador: Roberto Vizeu Lima Pinheiro. 2011. 84 f. Trabalho de Curso (Bacharelado em Geologia) - Faculdade de Geologia, Instituto de Geociências, Universidade Federal do Pará, Belém, 2011. Disponível em: http://bdm.ufpa.br/jspui/handle/prefix/1895. Acesso em:.
Este trabalho apresenta dados estruturais referentes ao mapeamento em escala de detalhe, (1:2.000) de uma área de aproximadamente 5 km², realizado nas minas de ferro do Projeto Pedra Branca do Amaparí (AP), atualmente em explotação pela Anglo Ferrous. O trabalho concentrou-se especificamente no mapeamento geológico estrutural, com análise geométrica e cinemática. O quadro tectônico regional, no domínio das minas, foi caracterizado pela presença de conjuntos de dobras holomórficas, iniciando a leste por um sinforme com eixo caindo 15/340, em isoclinal, com vergência para NE (transporte de massa ou convergência tectônica de SW para NE), cujos flancos mergulham moderadamente para SW. Estas se ajustando lateralmente, a SW, a um antiforme quilomérico, aberto, com dobras parasíticas menores, com flancos com ângulos de mergulhos baixos, em “M”. Nas minas examinadas foram identificados dois grupos principais de rochas ricas em ferro, com diferentes tramas: (1) rochas bandadas, com lâminas milimétricas de sílica e ferro intercaladas, contínuas ou não. Nesse domínio, as dobras se dispõem em arranjos parasíticos em escalas métricas a decamétricas, provavelmente relacionadas a mecanismo de dobramento flexural, dominado por basculamentos; e (2) rochas foliadas, com foliação milonítica variando de contínua a espaçadas. Nesse domínio predomina a trama foliada de transposição, com a foliação seguindo a direção predominante NW-SE, com mergulhos variando de 20º até sub-vertical, em um típico padrão anastomosado, podendo desenhar dobras intrafoliais com eixos caindo rasos (sub-horizontal a 20º) para NW. Uma terceira trama de caráter mais rúptil (rúptil dúctil) é observada localizadamente, em faixas que cortam as rochas das minas, com direção preferencial E-W. Essa foliação tardia é anastomosada, truncando as dobras. Discordantemente à posição das duas tramas tectônicas presentes existem corpos pegmatóides, intrudidos tardiamente nos espaços de dilatação desenvolvidos nas rochas previamente deformadas. O mapeamento estrutural permitiu a elaboração de um modelo geométrico para o conjunto de rochas ferríferas expostos nas minas, onde prevalecem rochas dobradas sob regime transpressivo, truncadas por zonas de cisalhamento responsáveis pela transposição do acamamento primário das rochas.

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