Avaliação das reações adversas e do desfecho clínico em pacientes tratados para tuberculose multirresistente atendidos no Hospital Universitário João de Barros Barreto

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01-01-2017

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FANZLAU, Christe Ellen Batista; SÁ, Dayanne Aline Bezerra de. Avaliação das reações adversas e do desfecho clínico em pacientes tratados para tuberculose multirresistente atendidos no Hospital Universitário João Barros Barreto. Orientador: Carlos Augusto Abreu Alberio. 2017. 59 f. Trabalho de Curso (Bacharelado em Medicina) - Faculdade de Medicina, Instituto de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Pará, Belém, 2017. Disponível em: http://bdm.ufpa.br/jspui/handle/prefix/1242. Acesso em:.
Objetivo: Avaliar o impacto de reações adversas no desfecho clínico em pacientes tratados para tuberculose multirresistente atendidos no Hospital Universitário João de Barros Barreto. Metodologia: Estudo observacional analítico do tipo coorte retrospectivo dos casos de Tuberculose Multirresistente cadastrados no SITE-TB, que realizaram tratamento no período de janeiro de 2010 a dezembro de 2015.Resultados: Foram avaliados 152 pacientes que se apresentaram com uma média de idade de 40,2 anos, predominando o sexo masculino (65,1%), na raça parda (69,1%). A maioria dos pacientes tinha menos de sete anos de estudo (62.4%) e se concentra na região metropolitana de Belém (73,7%), com predomínio de desempregados (25%). Parcela significativa apresentou resistência secundária (88,2%). Em relação ao consumo de drogas o uso do álcool foi mais frequente (20,4%), seguido por drogas ilícitas (16,5%) e tabaco (5,3%). A presença de comorbidades foi baixa (27,6%), sendo que o Diabetes Mellitus foi a mais comum (23%). Metade dos pacientes do estudo apresentou reações adversas e as mais frequentes foram artralgia (31,6%), epigastralgia (15,1%) e neuropatia periférica (5,3%). O desfecho clinico favorável ocorreu em 77% dos casos. O gênero masculino (26,3%) apresentou mais desfecho desfavorável quando comparado ao feminino (17%). Dentre as ocupações, os desempregados apresentaram o maior percentual de desfecho desfavorável (39,5%). Dentre os pacientes que apresentavam comorbidade, a maioria apresentou desfecho favorável (88,1%). Assim como, os que apresentaram efeitos adversos também tiveram mais desfecho favorável (79,0%), entretanto, esse dado não obteve significância estatística (p=0,563). Os usuários de drogas ilícitas e tabaco apresentaram maior frequência de desfecho desfavorável (56,0% e 62,5%, respectivamente). E entre os usuários de álcool, a maioria teve desfecho favorável (54,8%). Conclusão: A tuberculose multirresistente se mantém como um importante problema de saúde pública, com frequência elevada, principalmente entre a população economicamente ativa. Determinadas situações influenciam no desfecho clínico do tratamento contribuindo para a disseminação de cepas multirresistentes.

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