Geologia da região costeira do Amapá com ênfase na estratigrafia , morfotectônica e geomorfológica

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01-02-2010

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SOUZA, Eduardo de Jesus. Geologia da região costeira do Amapá com ênfase na estratigrafia , morfotectônica e geomorfológica. Orientador: Roberto Vizeu Lima Pinheiro. 2010. 119 f. Trabalho de Curso (Bacharelado em Geologia) – Faculdade de Geologia , Instituto de Geociências, Universidade Federal do Pará, Belém, 2010. Disponível em: http://bdm.ufpa.br/jspui/handle/prefix/1711 Acesso em:.
O presente estudo reúne dados referentes à geologia das rochas do embasamento arqueano – paleoproterozóico e das rochas sedimentares e sedimentos que afloram na região costeira do estado do Amapá e adjacências, através de uma avaliação multidisciplinar com base no Sensoriamento Remoto, Geologia Estrutural, Sedimentologia, Estratigrafia, Geomorfologia e datação absoluta por Luminescência Oticamente Estimulada (LOE). O trabalho teve como objetivo a investigação das possíveis relações entre a tectônica neógena / recente com a evolução geológica e paisagística dos ambientes costeiros e marinhos rasos, relacionados a distintos eventos morfotectônicos, no contexto da dinâmica deposicional da desembocadura do rio Amazonas e adjacências. A leitura e análise das imagens de sensores remotos e aerogeofísicas mostram um padrão de lineamentos tridirecional, com direções: NE-SW, N-S e NW-SE. Estas direções são observadas nas rochas do embasamento através de foliações, lineações, bandas de cisalhamento e fraturas. A relação entre estes lineamentos sugerem a presença de compartimentos neotectônicos, controlados por prováveis falhas do embasamento, responsáveis por reajustes de relevo / drenagem em decorrência de reativações tectônicas recente a sub-recentes. O estudo sedimentológico e estratigráfico feito nos depósitos sedimentares, com o auxílio da datação geocronológica por Luminescência OticamenteEstimulada (LOE), permitiram classificá-los como depósitos pleistocênicos sobrepostos discordantemente sobre as rochas do embasamento, onde foram individualizadas duas unidades morfológicas distintas: Terraço arenoso e Terraço areno-argiloso. As idades obtidas por LOE para esses terraços mostram um intervalo de 80.000 a 30.000 anos AP, o que descarta a possibilidade de enquadrá-lo no Grupo Barreiras, de idades Miocena-Pliocena. A história geológica pleistocênica na região costeira do Amapá foi amplamente influenciada por processos glácio-eustáticos, conduzidos por variações substanciais do nível do mar e por fatores tectônicos, com atuação de fenômenos de soerguimento e subsidência, associados a blocos falhados, em conjunto com processos isostáticos. Provavelmente os mecanismos de reativações observados têm relação com os episódios tectônicos mais recentes da Bacia da Foz do Amazonas e precisam ser melhor investigados.

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1- CD ROOM

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