Distribuição de mercúrio no Atlântico Sul ao longo do Transecto 240 a 200S, na zona econômica do Brasil

Carregando...
Imagem de Miniatura

Data

11-02-2021

Título(s) alternativo(s)

Tipo de acesso

Acesso Abertoaccess-logo

Citar como

PIRES, Alina Criane de Oliveira. Distribuição de mercúrio no Atlântico Sul ao longo do Transecto 240 a 200S, na zona econômica do Brasil. Orientador: Vinicius Tavares Kutter. 2021. 37 f. Trabalho de Curso (Bacharelado em Oceanografia) - Faculdade de Oceanografia, Instituto de Geociências, Universidade Federal do Pará, Belém, 2021. Disponível em: https://bdm.ufpa.br:8443/jspui/handle/prefix/3497. Acesso em:.
O Mercúrio (Hg) é um poluente global com um ciclo complexo, que alterna entre diversos compartimentos como ar, água, sedimentos, solo e organismos. Possui diversas espécies químicas, sendo considerado o metal de maior potencial tóxico lançado no ambiente, o qual sofre biomagnificação ao longo da cadeia trófica. No último século os níveis de mercúrio no âmbito global aumentaram como resultado da crescente poluição oriunda dos usos industriais, ocupacionais e medicinais deste elemento. Para os oceanos é reportado um incremento nas emissões antropogênicas de 150% na concentração da termoclina, desde o período pré-industrial. Esse incremento nas concentrações de Hg nos oceanos tem uma relação direta com a saúde do ecossistema marinho e também humana, devido ao consumo de organismos marinhos contaminados. Sendo assim, o objetivo do presente estudo foi determinar o “baseline” das concentrações de Hg, em diferentes massas d’águas no Atlântico Sul entre 20º e 24ºS. A amostragem da água foi realizada em dois períodos: 06 de novembro de 2016 no navio oceanográfico OceanStalwart e 04 a 20 de dezembro de 2016 no NPqHO Vital de Oliveira (H39). Durante a campanha de novembro a água foi coletada utilizando uma garrafa horizontal de Niskin sendo realizada amostragem de água em superfície, no ponto 20ºS. Na campanha de dezembro, amostras de água foram coletadas em um sistema de Rossete, sendo amostrado em diferentes profundidades entre 20º(Cabo Frio) e 24ºS (cadeia Vitória Trindade). No laboratório da Universidade Federal do Rio Grande (FURG), as amostras (não filtradas) foram submetidas a tratamento químico, e o HgT foi analisado em fluorescência atômica (série TEKRAN® 2600). Com isso, o mercúrio Total obtido em Água Tropical foi em média 6,3 ± 1,4pM (n=16). A Água Central do Atlântico Sul apresenta a média de 5,9 ± 0,7pM(n=8). A Água Intermediária Antártica apresenta média de HgT de 5,3 ± 0,6pM(n=2). A Água Circumpolar Superior aponta o HgT de 6,5pM(n=1). As Águas Profundas do Atlântico Norte, exibem a média de HgT de 5,8 ± 0,9pM(n=12). A deposição atmosférica e a circulação geral dos oceanos, foram apontadas como responsáveis pela quantidade de Hg nas massas d’água da região de estudo. Os resultados indicam que a presença de partículas pode ter um papel importante na concentração do Hg. Considera-se a hipótese que Hg se acumula lentamente nas águas profundas do oceano, onde em geral foram registradas as maiores concentrações. As amostras da água Tropicais mais próximas à costa apresentaram os maiores valores, indicando a contribuição das descargas continentais tanto naturais quanto antrópicas. Nesse contexto, propõe-se que as massas de água mais rasas de oceano aberto, parecem ter menor média HgT, em proporções das águas profunda do Atlântico Norte e Água Antártica de Fundo, que possuem HgT, em proporções excedentes às fontes de emissões mais conhecidas, o que reforça nossos resultados.

Palavras-chave

Água Tropical (AT)
Água Central do Atlântico Sul (ACAS)
Água Intermediária Antártica (AIA)
Agua Profunda do Atlântico Norte (APAN)
Água Superior Circumpolar
Water Tropical (TW)
Central Water of the South Atlantic (SACW)
Antarctic Intermediate Water (AAIW)
Deep Water of the North Atlantic (NADW)
Upper Circumpolar Water (UCPW)

Fonte

Fonte URI