Efeitos neuroprotetores do extrato supercrítico de piper divaricatum em um modelo experimental de isquemia cortical em ratos adultos

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Data

01-05-2019

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LEAL, Walace Gomes LattesORCID

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SILVA, Amanda Silva da. Efeitos neuroprotetores do extrato supercrítico de piper divaricatum em um modelo experimental de isquemia cortical em ratos adultos. Orientador: Walace Gomes Leal; Coorientadora: Michelle Nerissa Coelho Dias. 2019. 35 f. Trabalho de Curso (Bacharelado em Medicina) – Faculdade de Medicina, Instituto de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Pará, Belém, 2019. Disponível em: https://bdm.ufpa.br:8443/jspui/handle/prefix/6061. Acesso em: .
O acidente vascular encefálico (AVE) é uma das principais causas de incapacidade e morte no mundo, sendo o AVE do tipo isquêmico o mais prevalente. Atualmente, o único tratamento farmacológico disponível para o AVE isquêmico é o ativador do plasminogênio tecidual recombinante (rt-PA), um fármaco que tem sua abrangência limitada pela curta janela terapêutica e graves efeitos colaterais. Diante disso, surgem estudos visando a descoberta de novas fármacos neuroprotetores capazes de recuperar o tecido neuronal danificado e controlar os eventos fisiopatológicos da cascata isquêmica, tais quais a inflamação exacerbada, ainda na fase aguda da doença. A planta Piper divaricatum tem efeitos anti-inflamatórios e anti-oxidantes atribuídos pela medicina popular, e com algumas evidências científicas, sendo utilizada no tratamento de doenças reumáticas. Entretanto, ainda não foram investigados os seus potenciais efeitos anti-inflamatório e neuroprotetor em modelos experimentais de isquemia cortical. Neste estudo, investigou-se o potencial anti-inflamatório e neuroprotetor do extrato supercrítico de Piper divaricatum (100 mg/kg) na lesão isquêmica cortical induzida por microinjeções de endotelina – 1 (ET-1) em ratos wistar adultos. Foram utilizados 6 animais divididos em 2 grupos experimentais: grupo controle (ET-1 + tween a 5%, n=3) e grupo tratado (ET-1 + extrato supercrítico de Piper divaricatum, n=3). Os encéfalos foram processados para análise histológica com coloração pela violeta de cresila. Após a análise histológica, observou-se que os animais de ambos os grupos exibiram palor tecidual (perda de corpos neuronais) e infiltrado inflamatório na área de lesão. Entretanto, nos animais tratados com extrato supercrítico de Piper divaricatum, houve uma diminuição da área de infarto e redução do número de células mononucleares e próximas a ele. Estes resultados sugerem que o extrato de Piper divaricatum, na concentração investigada, diminui o infiltrado de células inflamatórias, principalmente células mononucleares, com concomitante efeito neuroprotetor após isquemia cortical experimental em ratos adultos. Estudos futuros, usando marcadores específicos de neurônios, leucócitos e células gliais devem confirmar os resultados aqui descritos.

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