Ocorrência da síndrome hepatorrenal em pacientes cirróticos internados em um hospital escola da região norte do país

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01-05-2019

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SILVA, Ana Carolina Ataíde da; BASTOS, Maiana Rocha. Ocorrência da síndrome hepatorrenal em pacientes cirróticos internados em um hospital escola da região norte do país. Orientadora: Simone Regina Souza da Silva Conde. 2019. 51 f. Trabalho de Curso (Bacharelado em Medicina) – Faculdade de Medicina, Instituto de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Pará, Belém, 2019. Disponível em: https://bdm.ufpa.br:8443/jspui/handle/prefix/3696. Acesso em: .
As complicações da Cirrose Hepática se constituem a quinta causa de óbito no mundo. A Síndrome Hepatorrenal é uma destas complicações e sua presença empobrece muito este prognóstico. Este estudo objetiva investigar a ocorrência da SHR entre pacientes cirróticos internados em um hospital universitário. Tratou-se de um estudo transversal, retrospectivo e descritivo a partir de dados secundários de prontuários de pacientes com Cirrose Hepática internados nos últimos 5 anos, nas enfermarias de Clínica Médica, de um hospital universitário da região norte do país. Após preenchimento de ficha protocolo padrão, abordando dados demográficos, clínicos e de evolução dos pacientes, os dados foram analisados distribuindo os grupos de acordo com a ausência de injúria renal (Grupo I), com injúria não SHR (Grupo II) e com injúria tipo SHR (Grupo III). O presente estudo recebeu a aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos. A casuística do estudo contou 164 pacientes, sendo 100 (60,9%) pertencentes ao Grupo I, 51 (31,09%) ao Grupo II e 13 (7,9%) ao Grupo III. Nos grupos I e II houve predominância do sexo masculino (54% e 62%), porém as mulheres foram mais prevalentes no Grupo III, 61,5%, sem alcançar diferença estatística. O mesmo se deu com a média de idade em anos (56,33 x 61,21x 62,07), semelhante nos três grupos, apesar da tendência de menor idade no Grupo I. As etiologias mais frequentes em todos os grupos foram a hepatite C, alcoolismo e hepatite B. Ao se verificar a classificação de Child-Pugh, houve predomínio do Child C, nos grupos II e III (64,7% x 100%), com significância estatística (p < 0,0001), assim como o tempo de permanência foi maior (p = 0,0093) nos grupo II (27 dias), do que no G I (19,78 dias) e G III (17,07 dias). Ao se verificar a mortalidade, de forma clara houve um predomínio de óbitos no G III (92,3%), em comparação com G I (13%) e G II (45%), alcançando expressiva significância (valor de p < 0,0001). Concluiu-se, portanto, que os dados demográficos e etiológicos explorados são semelhantes nos grupos de cirróticos com ou sem lesão renal, contudo os pacientes portadores de Síndrome Hepatorrenal internam com maior gravidade e apresentam alta taxa de mortalidade.

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