Refinamento químico-mineralógico de perfil laterito-bauxítico de Juruti-PA, Brasil

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Data

19-01-2015

Coorientador(es)

POLLMANN, Herbert

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NEGRÃO, Leonardo Boiadeiro Ayres. Refinamento químico-mineralógico de perfil laterito-bauxítico de Juruti-Pa, Brasil. Orientador: Marcondes Lima da Costa. 2015. 85 f. Trabalho de Curso (Bacharelado em Geologia) - Faculdade de Geologia, Instituto de Geociências, Universidade Federal do Pará, Belém, 2015. Disponível em: http://bdm.ufpa.br/jspui/handle/prefix/1801. Acesso em:.
Bauxitas são as principais matérias primas do alumínio e da indústria refratária. O Brasil se destaca atualmente como o quarto maior produtor desse minério, sendo também o país que detém a terceira maior reserva de bauxitas do mundo, onde 97% destas estão concentradas na região Amazônica. O principal problema na extração desses depósitos na região é a grande espessura de sua cobertura, representada por argilas cauliníticas (Argila de Belterra), que podem chegar a mais de 20 metros de espessura. Outro aspecto é a dificuldade e onerosidade para a quantificação química e mineralógica das bauxitas, principalmente quanto ao conteúdo de alumina aproveitável e sílica reativa. Este trabalho avalia a possibilidade de emprego do refinamento de Rietveld para suprir essas deficiências, pois é prático, rápido e de custo reduzido quando comparado às quantificações minerais por métodos tradicionais. Selecionou-se então 17 amostras oriundas de um perfil laterito-bauxítico do platô Capiranga, na mina de bauxita da empresa ALCOA, em Juruti-PA, que foram palco de estudo geológico, mineralógico e geoquímico por Cruz (2011) e Costa et al. (2014). Após descrição mesoscópica, as amostras selecionadas foram analisadas por difração de raios-x, fluorescência de raios-x e microscopia eletrônica de varredura com EDS acoplado. O perfil laterito-bauxítico e sua cobertura em Juruti compreende a um horizonte mosqueado na base com caulinita, quartzo e hematita; horizonte bauxítico de coloração marrom rosado constituído por gibbsita, tendo goethita, hematita, anatásio e caulinita em menores proporções; crosta ferruginosa marrom avermelhada com hematita e goethita dominantes, além de gibbsita e caulinita; horizonte nodular ferruginoso com matriz argilosa, composto por hematita, goethita, gibbsita e caulinita; horizonte nodular bauxítico com matriz argilosa onde gibbsita passa a ser a fase dominante e; cobertura argilosa constituída por caulinita, em que gibbsita, goethita, anatásio e quartzo estão em menores proporções. A quantificação mineral obtida pelo método de Rietveld é influenciada pela cristalinidade do material, carência de estruturas cristalinas adequadas para o refinamento e conteúdo de material amorfo. O material amorfo parece ser constituído majoritariamente por caulinitas. Os resultados obtidos apresentaram boa reprodutibilidade e os índices GOF e Rwp indicam qualidade de refinamento satisfatória para este tipo de material. Desta forma, o método de Rietveld, apesar de 7 suas pequenas limitações na quantificação do perfil laterito-bauxítico de Juruti-Pará, mostrou-se promissor para a caracterização e quantificação de bauxitas, devido a sua praticidade e rapidez, fatores determinantes para a descoberta de novas reservas.

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