Auréola de metamorfismo de contato da porção oeste do granito Meruoca - Nordeste do Ceará

Carregando...
Imagem de Miniatura

Data

01-02-2011

Título(s) alternativo(s)

Tipo de acesso

Acesso Abertoaccess-logo

Citar como

CORDEIRO, Elias Antônio Cabral. Auréola de metamorfismo de contato da porção oeste do granito Meruoca - Nordeste do Ceará. Orientadora: Rosemery da Silva Nascimento. 2011. 108 f. Trabalho de conclusão de curso (Bacharelado em Geologia) - Faculdade de Geologia, Instituto de Geociências, Universidade Federal do Pará, Belém, 2011. Disponível em: http://bdm.ufpa.br/jspui/handle/prefix/1799. Acesso em:.
O metamorfismo de contato representa o melhor exemplo de transferência termal emanado por meio de plútons graníticos, em níveis crustais rasos, com transformações minerais e texturais nas rochas encaixantes, resultando em uma rocha maciça e extremamente compacta, designada de hornfels. Na região noroeste do Ceará, no Domínio Médio Coreaú, setor noroeste da Província Borborema, este tipo de metamorfismo tem sido relatado ao redor de corpos graníticos de dimensões batolíticas, que afloram principalmente perto de zonas de cisalhamento, como o Granito Meruoca. O presente trabalho objetiva caracterizar o metamorfismo de contato que ocorre nas rochas encaixantes da porção oeste do Granito Meruoca, representada pelos arenitos da Formação Pacujá (Grupo Jaibaras), por meio de análise petrográfica. O perfil estudado está localizado entre as cidades de Coreaú e Alcântaras (CE), seguindo pela estrada CE-241 em direção a Serra da Meruoca. Foram estudados 5 afloramentos (2008-TEC-01 a 05), com coleta de 14 amostras, na qual foram confeccionadas 15 lâminas. O estudo petrográfico revelou rochas sedimentares detríticas, que variam de arenitos a arenitos conglomeráticos e composicionalmente, arcósios a arcósios líticos impuros, contendo porções de composição pelítica, carbonática e básica. A primeira fase metamórfica (M0) é representada pelas rochas fora da aureóla, que mostram transformações geradas pelo metamorfismo de soterramento e hidrotermal em condições de fácies xisto verde baixo, zona da clorita (T=300-350°C; P=2-3 kbar). A auréola inicia-se a aproximadamente 500 m do Granito Meruoca (fase M1), com a cristalização da biotita, que não ocorre na fase M0, gerando uma rocha escura e muito compacta, em condições de fácies albita-epidoto-hornfels, isógrada da biotita (350-400°C). No contato com o granito, pode ser visualizadas transformações a nível integral, exibindo rochas totalmente recristalizadas com estrutura nodular ou maculosa, típico de hornfels. A paragênese é formada por microclina + quartzo + plagioclásio + clinopiroxênio (diopsídio) + hornblenda, em condições de fácies hornblenda hornfels, isógrada da granada (T=600°C; P=2 kbar), na terceira fase metamórfica (M3). Esta rocha foi classificada como diopsídio-horblenda-microclina hornfels.

Fonte

1 CD-ROM

Fonte URI