Hipertensão portal por trombose de veia porta em crianças: eficiência da abordagem cirúrgica

Carregando...
Imagem de Miniatura

Data

01-01-2017

Orientador(es)

IASI, Maurício Lattes

Título(s) alternativo(s)

Tipo de acesso

Acesso Abertoaccess-logo

Citar como

BAYMA, Lohrane Rosa; OLIVEIRA, Renato Vilhena de. Hipertensão portal por trombose de veia porta em crianças: eficiência da abordagem cirúrgica. Orientador: Maurício Iasi. 2017. 65 f. Trabalho de Curso (Bacharelado em Medicina) - Faculdade de Medicina, Instituto de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Pará, Belém, 2017. Disponível em: http://bdm.ufpa.br/jspui/handle/prefix/1277. Acesso em:.
A trombose da veia porta determina diminuição do fluxo nessa localização por obstrução mecânica ou funcional. Pode extender-se para o fígado e ocluir os ramos portais intrahepáticos ou ainda as veias mesentérica superior e/ou esplênica. A trombose da veia porta está relacionada a hipercoagulabilidade, desidratação, infecção da cavidade abdominal ou má formações do sistema porta. A obstrução da veia porta induz a formação de circulação colateral que pode determinar varizes de esôfago e gástricas. A intervenção cirúrgica é uma opção para o tratamento de crianças com trombose da veia, sem doença hepática e que não responderam ao tratamento clínico/endoscópico geralmente aplicado nestes casos, na tentativa de se coibir o sangramento ou a recidiva, associados a grande morbidade e mortalidade. O trabalho objetiva demonstrar a eficiência da intervenção cirúrgica em evitar o sangramento por hipertensão portal. O presente estudo analisa a evolução de crianças submetidas a tratamento cirúrgico, quando houve falha do tratamento clínico/endoscópico prévio, em uma abordagem analítica transversal. A pesquisa foi realizada no Grupo do Fígado e Serviço de cirurgia pediátrica da Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará (Belém, Pará), considerando-se atendimentos no período de 2007 a 2015 e incluiu dados de 7 pacientes. Observaram-se predominância do sexo feminino, uma idade média de 7,86 anos na ocasião da primeira consulta/manifestação dos primeiros sintomas (hemorragia digestiva), diagnóstico de trombose venosa portal isolada em 5 dos pacientes, associada também a acometimento intra-hepático dos ramos portais. Avaliamos ainda a necessidade de hemoderivados. A cirurgia mais frequente foi o shunt esplenorenal distal. Relatamos a recorrência de hemorragia digestiva em 2 casos e a trombose do shunt também em 2. Conclui-se que apesar da reconhecida superioridade do Rex shunt como técnica para profilaxia primária e secundária de hemorragias digestivas decorrentes de obstrução portal, tal método não foi aplicavél na amostra deste trabalho, possivelmente devido atraso em notificações e, principalmente, devido a restrições anatômicas específicas em cada caso (acometimento intra-hepático dos ramos portais, por exemplo); O tratamento cirúrgico foi eficiente em prevenir novos episódios de hemorragia consequente a hipertensão portal em 71% dos pacientes, em um período de seguimento pós-operatório prolongado.

Fonte

Fonte URI

Disponível na internet via correio eletrônico: bibsaude@ufpa.br