Produção de substratos de resíduos agroindustriais de Murumuru (Astrocaryum murumuru Mart.), Tucumã (Astrocaryum aculeatum Mart.) e açaí (Euterpe oleracea Mart.) através do método de compostagem

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Trabalho de Curso - Graduação - Monografia

Data

07-08-2025

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FERREIRA, Luciano Maciel. Produção de substratos de resíduos agroindustriais de nurumuru (Astrocaryum murumuru Mart.), tucumã (Astrocaryum aculeatum Mart.) e açaí (Euterpe oleracea Mart.) através do método de compostagem. Orientador: Ricardo Eduardo de Freitas Maia. 2025. 41 f. Trabalho de Curso (Tecnologia em Agroecologia) – Faculdade de Formação e Desenvolvimento do Campo, Campus Universitário de Abaetetuba, Universidade Federal do Pará, Abaetetuba, 2025. Disponível em: https://bdm.ufpa.br/handle/prefix/8665. Acesso em:.
No cenário atual, o debate sobre práticas sustentáveis evidencia a necessidade do cuidado com os resíduos produzidos em agroindústrias, principalmente com produtos amazônicos, muito por causa da grande quantidade de materiais produzidos na região. Pensando nisso, o presente trabalho traz como objetivo analisar o processo de compostagem de resíduos de murumuru, tucumã e açaí e compreender, do ponto de vista da composição química, quais potenciais para o uso como substratos agrícolas. O estudo foi conduzido no período de 29 de outubro de 2024 a 17 de fevereiro de 2025 no pátio de compostagem localizado no Laboratório Didático Pedagógico em Agroecologia (Lada), vinculado ao curso de Tecnologia em Agroecologia, da Universidade Federal do Pará, Campus Abaetetuba. O experimento foi realizado em Delineamento Inteiramente Casualizado (DIC), com três tratamentos (T1- Murumuru+material rico em carbono, T2 - Tucumã+material rico em carbono e T3-Açai+material rico em carbono), quatro repetições e 12 parcelas experimentais. Os dados foram tabulados em planilha do Excel e foi feita a análise de variância (ANOVA) e teste de Tukey a 5% de probabilidade para a variável temperatura. Os compostos produzidos foram submetidos à análise química de fertilidade no Laboratório de Solos da Embrapa Amazônia Oriental. Os tratamentos 1 e 2 apresentam melhor capacidade de retenção de umidade nas parcelas experimentais, diferentemente do T3, que, mesmo estando sujeito às mesmas condições climáticas e de manejo, não teve bom desempenho nessa variável. Da mesma forma, as fases da compostagem, avaliadas por meio da temperatura, foram mais duradouras no T1 e T2, sobretudo a termofílica. Essas características apresentadas incidiram em menor perda de massa entre o início e o fim do experimento no T3. As análises químicas dos compostos indicam potenciais e desafios em relação aos seus usos como substratos. Em relação à matéria orgânica, Capacidade de Troca de Cátions (CTC) e micronutrientes, os três tratamentos tiveram bons desempenhos. Já no que se refere à Soma de Bases, potencial de hidrogeniônico (pH) e incidência de alumínio é preciso uma atenção especial ao T1 que teve os piores resultados para esses parâmetros. Dessa maneira, podemos concluir que a compostagem é uma tecnologia promissora frente aos desafios do acúmulo de resíduos na agroindústria amazônica e que, através dela, podemos transformá-los em bioinsumos para a agricultura de base ecológica. No entanto, mais pesquisas são necessárias, pois cada um dos resíduos testados apresentou características específicas no processo de compostagem e nos substratos, que precisam ser mais bem compreendidas.

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Disponível na internet via correio eletrônico: bibabaetetuba@ufpa.br