Envelhecimento e doenças neurodegenerativas crônicas na Amazônia brasileira: influência do nível de atividade física no desempenho de idosos portadores de declínio cognitivo leve e doença de Alzheimer em testes neuropsicológicos da bateria CERAD e no TSM- “teste sua memória”.

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01-01-2011

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SADALA, Danyelle Braga; GOMES, Mylene Negrão. Envelhecimento e doenças neurodegenerativas crônicas na Amazônia brasileira: influência do nível de atividade física no desempenho de idosos portadores de declínio cognitivo leve e doença de Alzheimer em testes neuropsicológicos da bateria CERAD e no TSM- “teste sua memória”. Orientador: Cristovam Wanderley Picanço Diniz; Coorientadora: Aline Cristine Passos de Souza. 2011. 81 f. Trabalho de Curso (Bacharelado em Medicina)-Faculdade de Medicina, Instituto de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Pará, Belém, 2011. Disponível em: https://bdm.ufpa.br:8443/jspui/handle/prefix/4855. Acesso em:.
Em 2025 o número de idosos no mundo irá dobrar e por volta de 2050 alcançará dois bilhões de indivíduos, estando a maioria em países desenvolvidos. A doença de Alzheimer (DA) é a quarta doença que mais compromete a qualidade de vida dos idosos. Estudos anteriores apontam a relação positiva entre a prática de atividade física e saúde cognitiva, observando diminuição da incidência da Doença de Alzheimer nas populações fisicamente ativas e destacando a atividade física como parte da estratégia terapêutica no tratamento de demências. Este trabalho pretende investigar se diferentes níveis de atividade física em idosos com declínio cognitivo e doença de Alzheimer influenciam o desempenho cognitivo em testes neuropsicológicos, bem como apresentar uma versão brasileira a partir da versão original em língua inglesa intitulada “Test Your Memory” TSM. Trata-se de estudo analítico, seccional, prospectivo do tipo caso-controle, realizado em pacientes do ambulatório de Geriatria do Hospital Universitário João de Barros Barreto, e em voluntários da comunidade no período de janeiro de 2009 a janeiro de 2011. Participaram 95 indivíduos com 65 ou mais anos de idade, divididos em 3 grupos: Alzheimer (DA, n=21), Declínio Cognitivo Leve (DCL, n=31) e controle (n=43). Foram excluídos pacientes com história de acidente vascular encefálico (AVE), depressão primária, trauma cranioencefálico, outras demências, outras patologias neuropsiquiátricas e déficits visuo-auditivos limitantes.Os participantes foram submetidos à avaliação inicial, triagem com GDS-5 e DSM-IV, ao Questionário Internacional de Atividades Físicas (IPAQ), testes neuropsicológicos da bateria CERAD e ao TSM – teste Sua Memória (versão adaptada para o Português). A análise estatística foi realizada empregando-se ANOVA, um critério, definindo-se o valor p<0,05 como significante. Houve predomínio em todos os grupos de indivíduos do gênero feminino de cor parda, na faixa etária de 70 a 79 anos. A média de pontuação do MEEM entre os três grupos foi diferente (controle: 26,6±2,2; DCL: 25,1±2,6; DA: 17,3±4,9; p<0,05), entretanto o TSM mostrou ser uma ferramenta de triagem mais confiável para distinguir os pacientes DCL dos DA (controle: 42,4±5; DCL: 35,5±7,7; DA: 25,7±8; p<0,01). Na Lista de palavras do CERAD, teste do relógio, TNBr e na fluência verbal fonológica os três grupos apresentaram diferenças significantes na média de pontos obtidos. A média da pontuação total no TSM foi significativamente menor nos grupos DCL e DA do que no grupo controle, e no grupo DA em relação ao DCL. Foram encontradas boas correlações entre o TSM e outros testes, principalmente com o MEEM (Coeficiente de Pearson, r = 0,79; p<0,0001) e teste do relógio (r = 0,76; p<0,0001). O nível de atividade física no grupo controle foi maior do que em todos os outros grupos. Ao ser correlacionado o nível de atividade física e o desempenho nos testes cognitivos, não foram observadas diferenças significativas nos diferentes grupos, exceto para o teste de evocação da lista de palavras do CERAD no grupo DCL (DCL “ativo”: 4.7 ± 1.8; DCL “não ativo”: 3 ± 1.5; p<0,01). Em síntese, apesar da melhora modesta nos testes cognitivos dos pacientes com estilo de vida ativa quando comparados aos pacientes com estilo de vida sedentário, os resultados se alinham a outros previamente descritos que encorajam a prática regular de exercícios físicos para reduzir os riscos do declínio cognitivo associado ao envelhecimento e da doença de Alzheimer.

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