As repercussões maternas diante a hospitalização em uma enfermaria pediátrica

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01-01-2018

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MARQUES, Bruna Damasceno; BECHIR, José Maurício Pinheiro. As repercussões maternas diante a hospitalização em uma enfermaria pediátrica. Orientadora: Andressa Tavares Parente. 2018. 52 f. Trabalho de Curso (Bacharelado em Enfermagem) - Faculdade de Enfermagem, Instituto de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Pará, Belém, 2018. Disponível em: http://bdm.ufpa.br/jspui/handle/prefix/1605. Acesso em:.
A hospitalização é um processo causador de estresse e ansiedade, principalmente quando o paciente é uma criança, deixando-a fragilizada e com medo do ambiente hospitalar, uma vez que no mesmo geralmente ocorre procedimentos dolorosos. Porém, este processo não interfere somente na saúde psicossocial da criança, como também aos que estão ao seu redor. É fundamental que os profissionais, principalmente os enfermeiros que estão em contato direto e contínuo, possam adotar um olhar diferenciado para essa mãe, prestando uma assistência humanizada, permitindo uma abordagem holística, não centrado somente no reestabelecimento da saúde da criança internada, mas se atentar para a saúde psicossocial da acompanhante, que em sua maioria são as mães. O objetivo deste trabalho é compreender e identificar as repercussões materna durante o período de internação infantil no setor da pediatria. Trata- se de uma pesquisa de campo, um estudo descritivo exploratório, transversal com abordagem qualitativa, tendo como local de estudo o Hospital de referência materno-infantil Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará. As entrevistas foram realizadas após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa, no mês de novembro de 2018. Participaram da pesquisa quinze mães que tinham filhos internados nas enfermarias pediátricas, e que atendiam ao critério de inclusão, e aceitarem participar da pesquisa. Os resultados foram obtidos através de um roteiro de entrevista semi- estruturado, e foram organizados e analisados em três etapas, através da análise do discurso de Bardin, de onde emergiram as seguintes categorias: Sentimentos vivenciados durante a hospitalização; Mudanças no cotidiano materno a partir da internação; Redes de apoio no contexto da internação; Dificuldades vivenciadas durante hospitalização; Práticas assistenciais à acompanhante. Com este estudo, foi possível perceber que a mãe como companheira é impactada de forma significativa, refletindo no seu estado de vida/saúde, e percebeu-se a importância das redes de apoio, sendo recorrente a presença da família, para minimizar esses fatores que causam impactos negativos. A pesquisa também evidenciou a carência de um olhar individualizado para as diferentes singularidades existentes no âmbito hospitalar, e a falta da assistência integral, pois muitos depoimentos acerca da assistência multiprofissional, e do profissional enfermeiro em si, revelava que as mães não eram incluídas no cuidado, e que a atenção à saúde era voltada somente à criança. Desta maneira, para que haja uma assistência de qualidade, é preciso entender que no período de hospitalização, a mãe e a criança são um único conjunto, e que a acompanhante precisa ser inserida nas intervenções da equipe hospitalar como um todo, e principalmente pela enfermagem, por ter contato mais frequente e próximo ao binômio.

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