Parto normal e as intervenções ocorridas em uma maternidade pública no estado do Pará

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01-01-2018

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BARROS, Ingrid Nicolle Monteiro; PEREIRA, Luana Rocha. Parto normal e as intervenções ocorridas em uma maternidade pública no estado do Pará. Orientadora: Elisângela da Silva Ferreira. 2018. 75 f. Trabalho de Curso (Bacharelado em Enfermagem) - Faculdade de Enfermagem, Instituto de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Pará, Belém, 2018. Disponível em: http://bdm.ufpa.br/jspui/handle/prefix/1624. Acesso em:.
Atualmente, no Brasil, a assistência Obstétrica passa por um momento de transição, de modelo medicalizado para humanizado, que visa reduzir intervenções tais como a episiotomia, o uso de ocitocina no trabalho de parto, amniotomia e cesariana sem indicação. Entretanto, as taxas de intervenções desnecessárias ainda são elevadas em muitos hospitais do Brasil. O presente estudo tem como objetivo descrever a frequência de intervenções realizadas durante o trabalho de parto e parto em mulheres atendidas em uma maternidade pública no Estado do Pará. Trata-se de um estudo documental, transversal, descritivo, retrospectivo e de abordagem quantitativa, realizado no Departamento de Arquivo de prontuários da Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará - FSCMPA. Foram analisados 358 prontuários de parturientes de risco obstétrico habitual, no período de 2015 a 2016. Identificou-se a predominância da faixa etária de menor de 19 a 25 anos (47,8%), com ensino fundamental incompleto (36,3%), união estável (64,8%), atividades “do lar” (71,2%), residindo na região metropolitana de Belém (51,4%). Quanto às condições clínico-obstétricas, 50,5% compareceu a 6 (seis) ou mais consultas de pré-natal, ao internar, 55,5% apresentou dinâmica uterina forte, 59,4% deram entrada com bolsa amniótica íntegra. Verificou-se que 99,7% apresentou colo uterino pérvio, com dilatação cervical ≥ 4 cm (97,4%), 33,7% das participantes internaram com descida da apresentação entre - 3 a -1 no plano de De Lee. Para as intervenções obstétricas, a realização de amniotomia ocorreu em 6,1% das mulheres, o uso de ocitocina durante o trabalho de parto e parto foi de 64,2% e para episiotomia 16,7%. Apenas 28,2% apresentaram assistência sem intervenção. Foi constatado através do teste estatístico G Williams que entre as intervenções realizadas, a única que teve relação estatística significante com o tempo foi o uso da ocitocina. Este teste demonstrou também que não houve relação estatística significante da posição ao parir com a ocorrência de laceração, assim como não há relação entre as intervenções realizadas e a categoria profissional. Pode-se concluir que a prevalência das intervenções obstétricas no trabalho de parto e parto ainda é muito grande nesta instituição. Assim, a pesquisa evidencia que as intervenções mais frequentes ainda são uso de ocitocina, seguido de episiotomia e amniotomia, este resultado mostra a necessidade de aprimorar as boas práticas de atenção ao parto e nascimento e atualização dos profissionais.

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